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Vale ressalta parceria de longo prazo com a China

O presidente da mineradora destacou a assinatura do acordo com o Eximbank chinês para desenvolver novas linhas de financiamento para a empresa

 Murilo Ferreira:  o valor total do crédito é de US$ 5 bilhões (REUTERS/Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 13h56.

Brasília - O presidente da Vale , Murilo Ferreira, disse nesta quinta-feira, 17, que a empresa tem grande cooperação com o setor financeiro chinês e destacou a assinatura do acordo com o Eximbank chinês para desenvolver novas linhas de financiamento para a empresa.

O acordo estabelece base para a extensão de linhas de crédito do Eximbank à Vale para apoiar a aquisição, locação, direta ou indiretamente, de equipamentos e embarcações de empresas chinesas. O valor total do crédito é de US$ 5 bilhões, válidos por três anos. A Vale compromete-se a aplicar os fundos na aquisição e locação de bens e serviços chineses.

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Em palestra na reunião bilateral anual do Conselho Empresarial Brasil-China, Ferreira afirmou que a China é um parceiro estratégico de longo prazo.

"Quando olhamos para o futuro, vemos um enorme potencial para que essa parceria bem-sucedida alcance um patamar mais elevado e traga ainda mais benefícios mútuos. Estamos certos que os dois países seguirão desenvolvimento e ocuparão ainda mais destaque no cenário internacional", afirmou.

O presidente da Vale lembrou que, no ano passado, foram celebrados os 40 anos do primeiro embarque de minério para a China.

"Desde então temos contribuído de diversas formas para o desenvolvimento chinês. Fornecemos às siderúrgicas chinesas 1,1 bilhão de toneladas métricas de minério de ferro. Em aço, esse montante seria suficiente para construir 17 mil estádios olímpicos ou 252 hidrelétricas de Itaipu. Ao todo mais de 6 mil navios foram usados para transportar esse minério", destacou.

Ferreira lembrou que a companhia também fornece cobre, manganês e níquel e que lançou em dezembro de 2010 o programa de inovação da Vale para proteção ambiental, além de investimentos no treinamento de fornecedores para a redução de emissão de gases do efeito estufa.

"O desafio agora é continua a investir para que possamos seguir aproximando os dois países e tornando parte da China e de seu futuro brilhante", afirmou.

Como parte disso, ressaltou está sendo executado um projeto conjunto com investimentos de quase US$ 20 bilhões para produzir 90 milhões de toneladas de minério adicionais.

"Isso representa um caso de sucesso em inovação tecnológica e redução de impactos ambientais. Redução de 77% do consumo de combustível", disse.

Ferreira disse que é preciso pensar em soluções para evitar o grande desafio logístico posto pela grande distância geográfica que separa os dois países.

"No segmento de níquel, onde já somos o segundo maior produtor e provavelmente este ano nos tornaremos o maior, temos projetos. Já estamos entre os 10 maiores produtores de cobre e isso permitirão uma integração ampla com o mercado chinês, que atualmente representa 50% da demanda mundial de níquel e 43% da demanda de cobre. Temos também utilizado equipamentos chineses em nossas operações", completou.

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