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Vale prevê forte queda em vendas de minério no mercado interno

A projeção leva em conta o investimento em produção própria de minério das siderúrgicas nacionais, levando a Vale a perder participação no market share da commodity

Norsk Hydro compra ativos de alumínio da Vale por R$ 8,5 bilhões  (Divulgação)

Norsk Hydro compra ativos de alumínio da Vale por R$ 8,5 bilhões (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2011 às 17h47.

São Paulo - A Vale (VALE5) projeta que até 2015 terá menos da metade da participação nas vendas de minério de ferro do Brasil que tinha em 2004, afirmou nesta quinta-feira o diretor de Marketing, Vendas e Estratégia da mineradora José Carlos Martins.

A projeção leva em conta o fato de que cada vez mais as siderúrgicas nacionais vêm investindo em produção própria de minério, levando a Vale a perder participação no market share das vendas locais da commodity.

Em apresentação no Congresso Brasileiro do Aço, Martins disse que em 2004 a Vale detinha 70% das vendas de minério de ferro no mercado brasileiro, e hoje tem menos de 50%. Até 2015 terá, segundo ele, cerca de 30%.

"A Vale tem que considerar perda de market share no Brasil. Para participar desse mercado, você tem que produzir aço", afirmou ele durante a apresentação.

Ele indicou também que os projetos siderúrgicos da Vale, por outro lado, permitirão que a empresa estanque essa perda de market share. Em 2018, segundo ele, as vendas adicionais de minério de ferro e pelotas da Vale para seus projetos siderúrgicos somarão 30 milhões de toneladas ao ano.

"Em algum momento, você tem que fazer apostas para criar mercado (de aço) no Brasil. O país já pagou caro no passado porque o mercado não apareceu. E é natural, agora, que o setor seja precavido para evitar uma situação como aquela", disse ele.

A Vale atualmente tem participação na CSA, no Rio de Janeiro, onde a capacidade de produção é de 5 milhões de toneladas de placas de aço ao ano. Mas a empresa também tem outros projetos para começar a produzir aço nos próximos anos.

Entre eles, está o da CSU, em Anchieta, no Espírito Santo, ainda em desenvolvimento, que deve entrar em operação em 2015, e que terá capacidade para 5 milhões de placas.

O projeto da CSP em Pecém, no Ceará, deve ter início a partir de 2015, com capacidade para produzir, na primeira fase, 3 milhões de toneladas de placas ao ano. Também em processo de implatação está a Alpa, em Marabá, com previsão de entrar em operação em 2014 e capacidade de 2,5 milhões de toneladas.

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