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Vale pode investir US$4 bi para expandir produção de potássio

Aplicação depende de acordo com a Petrobras para renovar os direitos de exploração de potássio em Sergipe

Mina de Potássio em Taquari, Vassouras: atualmente, o Brasil importa 90 por cento do potássio utilizado como adubo pela agricultura (Agência Vale/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 17h14.

São Pualo - A Vale poderá investir 4 bilhões de dólares para expandir a produção de potássio em Sergipe se chegar a um acordo com a Petrobras para renovar os direitos de exploração da área, afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo da Vale Fertilizantes, Mário Barbosa.

As duas gigantes, que também atuam juntas em alguns blocos petrolíferos no país, negociam há anos um acordo sobre a extensão do arrendamento pela Vale de concessões que a Petrobras tem em Sergipe desde as décadas de 1960/1970 em minas de silvinita e carnalita, minérios que contêm sais de potássio.

"A gente acredita que até setembro tenhamos uma solução para o assunto da carnalita: arrenda, não arrenda, o prazo, etc. Não que tenha assinado algum papel. Estamos conversando com a Petrobras", disse Barbosa a jornalistas.

As empresas foram pressionadas pela presidente Dilma Rousseff a encontrar uma solução para o caso, uma vez que o país, uma potência agrícola, quer se tornar menos dependente de fertilizantes importados.

Atualmente, o Brasil importa 90 por cento do potássio utilizado como adubo pela agricultura.

A Vale afirmou anteriormente que só investiria para elevar a produção após ter um acordo com a Petrobras.

A negociação da Vale é para obter um prazo de exploração das reservas em Sergipe por 35 anos, segundo Barbosa. O prazo do acordo atual vence em 2017.

Questionado sobre o valor previsto para a expansão da produção em Sergipe, Barbosa concordou que o montante é de 4 bilhões de dólares, uma previsão que tem sido publicada pela mídia. Nesta semana o noticiário deu destaque ao assunto, após a presidente Dilma se reunir com os presidentes das duas empresas, em Brasília. Segundo Barbosa, após fechar o acordo, a Vale levaria cerca de quatro anos para aumentar a capacidade de produção no país das atuais cerca de 700 mil toneladas para 2,4 milhões de toneladas por ano.

A primeira concessão negociada entre as duas companhias, em 1991, referia-se a uma área onde se encontrava silvinita, Taquari-Vassouras, e que ainda tem vida útil de cinco a seis anos, segundo Barbosa.


Para expandir a produção de insumos para fertilizantes, uma preocupação do governo brasileiro, a Vale negocia também a nova área na região, o Projeto Carnalita, para explorar esse mineral.

Enquanto o Projeto Carnalita ainda é negociado, a Vale trabalha para lançar o projeto Rio Colorado, na Argentina, que poderá produzir inicialmente 2,4 milhões de toneladas de potássio, a partir do segundo semestre de 2013.

Segundo Barbosa, com a produção atual em Sergipe da Vale mais Rio Colorado, a companhia seria capaz de suprir cerca de 40 por cento da demanda brasileira por fertilizantes (considerando o consumo atual).

O diretor lembrou ainda que, com a expansão programada no terminal do porto de Santos (SP), de acordo com anúncio feito nesta sexta-feira, ficará mais fácil para a mineradora receber a produção de potássio importado da Argentina.

A Vale contará com dois terminais para movimentar adubos no porto, além de outros dois que exportarão produtos agrícolas.

A expansão da produção em Sergipe, por outro lado, também ajudaria o Brasil no seu projeto de ficar menos dependente, considerando que o consumo de fertilizantes no país tem crescido e deve bater recorde neste ano, diante dos estimulantes preços das commodities agrícolas.

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São Pualo - A Vale poderá investir 4 bilhões de dólares para expandir a produção de potássio em Sergipe se chegar a um acordo com a Petrobras para renovar os direitos de exploração da área, afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo da Vale Fertilizantes, Mário Barbosa.

As duas gigantes, que também atuam juntas em alguns blocos petrolíferos no país, negociam há anos um acordo sobre a extensão do arrendamento pela Vale de concessões que a Petrobras tem em Sergipe desde as décadas de 1960/1970 em minas de silvinita e carnalita, minérios que contêm sais de potássio.

"A gente acredita que até setembro tenhamos uma solução para o assunto da carnalita: arrenda, não arrenda, o prazo, etc. Não que tenha assinado algum papel. Estamos conversando com a Petrobras", disse Barbosa a jornalistas.

As empresas foram pressionadas pela presidente Dilma Rousseff a encontrar uma solução para o caso, uma vez que o país, uma potência agrícola, quer se tornar menos dependente de fertilizantes importados.

Atualmente, o Brasil importa 90 por cento do potássio utilizado como adubo pela agricultura.

A Vale afirmou anteriormente que só investiria para elevar a produção após ter um acordo com a Petrobras.

A negociação da Vale é para obter um prazo de exploração das reservas em Sergipe por 35 anos, segundo Barbosa. O prazo do acordo atual vence em 2017.

Questionado sobre o valor previsto para a expansão da produção em Sergipe, Barbosa concordou que o montante é de 4 bilhões de dólares, uma previsão que tem sido publicada pela mídia. Nesta semana o noticiário deu destaque ao assunto, após a presidente Dilma se reunir com os presidentes das duas empresas, em Brasília. Segundo Barbosa, após fechar o acordo, a Vale levaria cerca de quatro anos para aumentar a capacidade de produção no país das atuais cerca de 700 mil toneladas para 2,4 milhões de toneladas por ano.

A primeira concessão negociada entre as duas companhias, em 1991, referia-se a uma área onde se encontrava silvinita, Taquari-Vassouras, e que ainda tem vida útil de cinco a seis anos, segundo Barbosa.


Para expandir a produção de insumos para fertilizantes, uma preocupação do governo brasileiro, a Vale negocia também a nova área na região, o Projeto Carnalita, para explorar esse mineral.

Enquanto o Projeto Carnalita ainda é negociado, a Vale trabalha para lançar o projeto Rio Colorado, na Argentina, que poderá produzir inicialmente 2,4 milhões de toneladas de potássio, a partir do segundo semestre de 2013.

Segundo Barbosa, com a produção atual em Sergipe da Vale mais Rio Colorado, a companhia seria capaz de suprir cerca de 40 por cento da demanda brasileira por fertilizantes (considerando o consumo atual).

O diretor lembrou ainda que, com a expansão programada no terminal do porto de Santos (SP), de acordo com anúncio feito nesta sexta-feira, ficará mais fácil para a mineradora receber a produção de potássio importado da Argentina.

A Vale contará com dois terminais para movimentar adubos no porto, além de outros dois que exportarão produtos agrícolas.

A expansão da produção em Sergipe, por outro lado, também ajudaria o Brasil no seu projeto de ficar menos dependente, considerando que o consumo de fertilizantes no país tem crescido e deve bater recorde neste ano, diante dos estimulantes preços das commodities agrícolas.

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