Vale diz que vai se defender "de forma vigorosa" de ação coletiva nos EUA
Para a Vale, "a reclamação requer indenização por danos ainda não especificados" e que o processo ainda está no começo, não sendo possível prever resultados
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 09h43.
Última atualização em 30 de janeiro de 2019 às 10h39.
São Paulo - A Vale afirmou que pretende se defender "de forma vigorosa" da "reclamação para instauração de uma suposta ação coletiva de valores mobiliários" ajuizada nos Estados Unidos contra a empresa, seu diretor-presidente, Fabio Schvartsman, e seu diretor executivo de Finanças e Relação com Investidores, Luciano Siani Pires.
"A Reclamação, supostamente ajuizada em nome de alguns compradores de títulos mobiliários da Vale, alega violações aos artigos 10(b) e 20(a) da Lei de Valores Mobiliários americana de 1934.
"A Reclamação alega, entre outros pontos, que a Companhia teria feito declarações falsas e enganosas e se omitido em divulgar os riscos e danos potenciais no caso de um rompimento da barragem de Feijão em Brumadinho, MG, Brasil.
"A reclamação requer indenização por danos ainda não especificados. Tendo em vista o estágio ainda inicial do processo, não é possível, neste momento, prever qualquer possível resultado para esta questão", afirma a mineradora, em comunicado ao mercado.
No mesmo documento, a Vale confirma o bloqueio de ativos no valor de R$ 800 milhões em suas contas, a pedido do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT), para assegurar as indenizações necessárias aos atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
Após ser questionada pela CVM, a Vale esclareceu que "entendeu não se tratar de Fato Relevante" esse bloqueio adicional pelo MPT após analisar o teor e as consequências da decisão.