Negócios

Vale teria cobrado 300 mi por má gestão na CSA

Segundo Estadão, o grupo alemão ThyssenKrupp, teria cometido graves erros no comando da siderúrgicas, onerando a operação em mais de 1,1 bi de reais


	O atraso e os problemas na coqueria teriam levado a Thyssen a fazer compras adicionais de energia elétrica, gás natural e carvão coque, totalizando um ônus bilionário.
 (Sean Gallup/Getty Images)

O atraso e os problemas na coqueria teriam levado a Thyssen a fazer compras adicionais de energia elétrica, gás natural e carvão coque, totalizando um ônus bilionário. (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 10h24.

São Paulo – Pode ter estreado mais um capítulo na novela Companhia Siderúrgica do Atlântico, estrelada por Vale e ThyssenKrupp. Segundo o Estadão, a Vale acusa a parceira alemã ThyssenKrupp de má-gestão nos negócios da CSA, unidade que ambas operam em joint-venture.

Segundo reportagem publicada pelo diário paulista nesta quarta-feira (29), a empresa pleiteia 300 milhões de reais em indenizações. O valor corresponde a 27% do 1,1 bilhão gasto adicionalmente por decisões equivocadas tomadas pela alemã – como, por exemplo, na compra de energia, matéria-prima e investimentos corretivos.

As duas empresas já vêm enfrentando problemas desde 2009, quando a CSA ainda não havia saído completamente do papel. A Vale precisou socorrer a obra em 2,5 bilhões, uma vez que o dinheiro dos alemães para aporte na operação teria escasseado. Segundo o jornal, a operação inicialmente orçada inicialmente em 3 bilhões de dólares, a  CSA acabou custando 5,2 bilhões de dólares a mais.

De lá para cá, segundo o jornal, a empresa alemã teria se recusado a aceitar a participação da Vale na gestão da CSA – com o aporte, mineradora nacional teve sua participação societária ampliada de 10% para 27%. A Vale teria, então, exigido a adição de uma cláusula contratual que previa reembolso caso houvesse má gestão dos negócios.

O atraso e os problemas na coqueria teriam levado a Thyssen a fazer compras adicionais de energia elétrica, gás natural e carvão coque, totalizando um ônus bilionário.

CSN

O jornal informa, também, que essa informação teria vindo à tona graças ao maior interesse da CSN na compra da participação da alemã na CSA – operação que vem sendo negociada há mais de um ano entre Benjamin Steinbruch, dono da CSN, e a ThyssenKrupp.

O empresário brasileiro teria ofertado 2,5 bilhões de dólares pelos 73% na CSA e mais 100% de uma laminadora no Alabama.

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