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Vale acredita no apetite da China, ainda que mais modesto

Segundo Luciano Siani, diretor financeiro da mineradora, crescimento da demanda chinesa por aço será da ordem de 3% ao ano, percentual menor que o próprio PIB do gigante asiático

Mina da Vale, em Carajás: empresa afirmou que investimentos em minério de ferro serão mantidos (Agência Vale)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 16h28.

São Paulo - O ritmo de crescimento da China mudou - e os investimentos da Vale também. Durante a Conferência Brasil-China realizada nesta tarde, em São Paulo, o diretor financeiro da empresa, Luciano Siani, reconheceu que a mineradora não irá cumprir com o plano de investimento previsto para o ano, traçado em 24,1 bilhões de dólares. Até setembro, a empresa havia desembolsado 12,4 bilhões de dólares.

Em boa parte, a mudança de rota deve-se à diminuição do apetite da China por aço. "Nossa expectativa é que ele continue crescendo na casa dos 3% ao ano", disse Siani. O percentual ficará abaixo do PIB chinês, movimento que, segundo o executivo, já vem sendo observado nos últimos anos e deverá se repetir para os próximos cinco a dez anos.

Ainda que modesta, a demanda continuaria "boa para a Vale". Não por menos, os planos para a produção de minério de ferro, principal negócio da companhia, estão mantidos. As outras áreas de negócio, por outro lado, serão afetadas com cortes em 2013. Analistas do Goldman Sachs estimam que o plano de investimento virá 20% menor que o apresentado neste ano.

"Será um número mais baixo, mas ainda será o maior investimento da indústria de mineração no mundo", afirmou Siani, sem fornecer mais detalhes. O documento será apresentado ao mercado no início de dezembro.

De acordo com o executivo, o vínculo com a China, que responde por 40% a 50% das receitas da Vale, também guarda margem para melhorias. "Temos tradição muito forte de estabelecer relação de longo prazo. Gostaríamos de torná-la ainda mais forte, com mais clientes com contratos longos e com condições de atracar nossos navios no país", disse.

A expectativa é que os navios mineraleiros, com capacidade de 400.000 toneladas, possam atracar na China no "no médio a longo prazo". Hoje, as embarcações podem ser recebidas em sete portos na Ásia.

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Em boa parte, a mudança de rota deve-se à diminuição do apetite da China por aço. "Nossa expectativa é que ele continue crescendo na casa dos 3% ao ano", disse Siani. O percentual ficará abaixo do PIB chinês, movimento que, segundo o executivo, já vem sendo observado nos últimos anos e deverá se repetir para os próximos cinco a dez anos.

Ainda que modesta, a demanda continuaria "boa para a Vale". Não por menos, os planos para a produção de minério de ferro, principal negócio da companhia, estão mantidos. As outras áreas de negócio, por outro lado, serão afetadas com cortes em 2013. Analistas do Goldman Sachs estimam que o plano de investimento virá 20% menor que o apresentado neste ano.

"Será um número mais baixo, mas ainda será o maior investimento da indústria de mineração no mundo", afirmou Siani, sem fornecer mais detalhes. O documento será apresentado ao mercado no início de dezembro.

De acordo com o executivo, o vínculo com a China, que responde por 40% a 50% das receitas da Vale, também guarda margem para melhorias. "Temos tradição muito forte de estabelecer relação de longo prazo. Gostaríamos de torná-la ainda mais forte, com mais clientes com contratos longos e com condições de atracar nossos navios no país", disse.

A expectativa é que os navios mineraleiros, com capacidade de 400.000 toneladas, possam atracar na China no "no médio a longo prazo". Hoje, as embarcações podem ser recebidas em sete portos na Ásia.

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