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Usiminas prevê segundo semestre próximo ao primeiro

O presidente da Usiminas, Julián Eguren, disse que a companhia ainda não sentiu melhora da demanda nesse início de segundo semestre

Usiminas: setor automotivo é responsável por um terço do consumo de aço plano no país (Domingos Peixoto/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 17h36.

São Paulo - O presidente da Usiminas , Julián Eguren, disse nesta terça-feira, 12, que a expectativa da companhia é de que o segundo semestre seja próximo ao primeiro em relação à atividade e à demanda por aço no Brasil.

O executivo disse a jornalistas, após participar de painel do Congresso do Aço, que a companhia ainda não sentiu melhora da demanda nesse início de segundo semestre.

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O executivo disse que parte do mercado tem a expectativa de que a renovação do acordo do setor automotivo entre Brasil e Argentina signifique algum crescimento da demanda pelo aço, com a indústria automobilística no Brasil apresentando, assim, alguma recuperação.

No Brasil, o setor automotivo é responsável por um terço do consumo de aço plano.

No momento, a Usiminas está com uma utilização de capacidade entre 75% e 78%, informou o executivo.

Como forma de manter o nível de atividade, o executivo disse que a companhia deverá destinar uma fatia maior da venda de aço ao mercado externo.

O executivo disse que o mercado interno poderá cair para algo entre 77% e 78% das vendas totais da companhia já no segundo semestre deste ano.

No intervalo de abril a julho, o mercado doméstico consumiu cerca de 85% das vendas de aço da companhia mineira e o restante foi exportado. O mercado doméstico já foi destino de cerca de 90% das vendas da Usiminas.

O executivo disse que por conta da aliança com a Ternium, a Usiminas possui oportunidades para exportação, como Colômbia, Equador e Peru.

O presidente da Usiminas disse que, em um momento mais difícil, a companhia está trabalhando nas questões internas, de forma a ganhar mais competitividade.

O executivo disse que ainda há espaço para reduzir custos e despesas e também para diminuir o nível de endividamento da companhia. "Esta é uma agenda permanente", disse.

Uma das estratégias para ganho de caixa, por exemplo, disse, será a venda de ativos não operacionais, como fazendas e apartamentos detidos pela companhia.

Já em relação à Usiminas Mecânica, o executivo disse que a siderúrgica ainda busca alternativas para esse ativo, que pode ser uma joint venture ou a venda do ativo em si.

"Continuamos olhando para ver qual é a melhor alternativa, uma joint venture, uma venda completa. Enquanto isso não acontece, a gente continua a aprimorar a Usiminas Mecânica", afirmou.

Apesar do cenário que ainda exige cautela, o executivo disse que não espera necessidade de corte de preços do aço.

"Estamos trabalhando com estabilidade de preços, com segundo semestre similar ao primeiro, seja em volumes, seja em preços", destacou.

Mineração

O presidente da Usiminas disse que a companhia poderá elevar a sua fatia de minério de ferro exportada quando o porto Sudeste entrar em operação, o que o executivo espera que aconteça no final deste ano ou no início de 2015.

"Aí a Mineração Usiminas vai poder aumentar a sua produção", disse.

A Usiminas acaba de realizar o seu projeto Friáveis, para aumentar a produção de oito para doze milhões de toneladas de minério de ferro. Para alcançar essa capacidade, explicou, a empresa necessita do porto, para embarcar o volume excedente.

Depois disso, a Usiminas se debruçará sobre o projeto Compactos, que poderá aumentar a capacidade da companhia para 29 milhões de toneladas de minério de ferro.

O projeto, que está em estudo no momento, deverá passar para apreciação do Conselho de Administração da companhia no primeiro semestre de 2015, disse.

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