Uruguaia Pluna voa para liquidação
Segundo a imprensa local, o passivo atual da empresa soma 300 milhões de dólares
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2012 às 22h27.
Montedividéo - A companhia aérea uruguaia Pluna anunciou nesta sexta-feira que iniciará um "concurso de credores", após decidir na véspera pela suspensão de todos os seus voos, por tempo indeterminado, devido à crise financeira que atravessa.
"Adotamos esta medida (de cancelar os voos) e a de iniciar o concurso de credores", revelou o presidente da Pluna, Fernando Pasadores. O procedimento consiste em um chamado aos credores da Pluna para que se apresentem, e também é uma medida legal antes da liquidação da empresa.
A Pluna está sob controle estatal desde 15 de junho passado, quando o consórcio privado Leadgate, que possuía 75% da empresa aérea, transferiu suas ações ao Estado uruguaio diante de sua incapacidade para enfrentar a capitalização necessária para manter a companhia operacional.
"A empresa já estava em situação de dissolução" quando a Leadgate se retirou, e apesar dos esforços para mantê-la operacional, ocorreu uma situação de falta de liquidez, o que torna "impossível seguir operando nas atuais condições".
O governo uruguaio trabalha em um projeto de lei sobre a forma de liquidar a Pluna, que deve ser apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira.
O presidente uruguaio, José Mujica, evitou revelar detalhes do projeto, que pretende "minimizar" eventuais prejuízos.
Após a saída da Leadgate, o governo uruguaio deu a companhia aérea canadense Jazz - sócia do grupo que abandonou a empresa - o prazo de 30 dias para decidir sobre a compra ou não do total do capital acionário da Pluna, mas segundo Pasadores, não "surgiram investidores em condições de enfrentar as condições da empresa".
Pasadores destacou que a renda mensal da Pluna, em torno de 15 milhões de dólares, não é suficiente para "pagar os gastos mensais, o que a torna totalmente insustentável".
Segundo a imprensa local, o passivo atual da empresa soma 300 milhões de dólares.
Seis dos 13 aviões Bombardier CRJ900 em poder da Pluna foram adquiridos por leasing e serão devolvidos, enquanto os outros sete serão liquidados.
No total, a Pluna tem 900 funcionários, incluindo cerca de 140 pilotos associados. Representantes do grupo serão recebidos nas próximas horas por membros do governo.
Os voos da Pluna estavam cancelados desde a terça-feira passada devido a uma greve de funcionários, mas havia previsão para a volta das operações nesta sexta-feira. Segundo Pasadores, a paralisação sindical agravou a já "crítica" situação financeira da companhia.
Criada em 1936, a Pluna passou ao Estado em 1951, mas voltou à iniciativa privada em 1995, quando se tornou sociedade anônima após se associar à Varig.
Em 2006, com a falência da Varig, o Estado uruguaio absorveu os 49% que pertenciam à companhia brasileira.
Em 2007, a Leadgate adquiriu 75% das ações da Pluna, após o Estado injetar 28 milhões de dólares para acertar as contas da empresa e entrar como fiador na compra de novos aviões.
Montedividéo - A companhia aérea uruguaia Pluna anunciou nesta sexta-feira que iniciará um "concurso de credores", após decidir na véspera pela suspensão de todos os seus voos, por tempo indeterminado, devido à crise financeira que atravessa.
"Adotamos esta medida (de cancelar os voos) e a de iniciar o concurso de credores", revelou o presidente da Pluna, Fernando Pasadores. O procedimento consiste em um chamado aos credores da Pluna para que se apresentem, e também é uma medida legal antes da liquidação da empresa.
A Pluna está sob controle estatal desde 15 de junho passado, quando o consórcio privado Leadgate, que possuía 75% da empresa aérea, transferiu suas ações ao Estado uruguaio diante de sua incapacidade para enfrentar a capitalização necessária para manter a companhia operacional.
"A empresa já estava em situação de dissolução" quando a Leadgate se retirou, e apesar dos esforços para mantê-la operacional, ocorreu uma situação de falta de liquidez, o que torna "impossível seguir operando nas atuais condições".
O governo uruguaio trabalha em um projeto de lei sobre a forma de liquidar a Pluna, que deve ser apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira.
O presidente uruguaio, José Mujica, evitou revelar detalhes do projeto, que pretende "minimizar" eventuais prejuízos.
Após a saída da Leadgate, o governo uruguaio deu a companhia aérea canadense Jazz - sócia do grupo que abandonou a empresa - o prazo de 30 dias para decidir sobre a compra ou não do total do capital acionário da Pluna, mas segundo Pasadores, não "surgiram investidores em condições de enfrentar as condições da empresa".
Pasadores destacou que a renda mensal da Pluna, em torno de 15 milhões de dólares, não é suficiente para "pagar os gastos mensais, o que a torna totalmente insustentável".
Segundo a imprensa local, o passivo atual da empresa soma 300 milhões de dólares.
Seis dos 13 aviões Bombardier CRJ900 em poder da Pluna foram adquiridos por leasing e serão devolvidos, enquanto os outros sete serão liquidados.
No total, a Pluna tem 900 funcionários, incluindo cerca de 140 pilotos associados. Representantes do grupo serão recebidos nas próximas horas por membros do governo.
Os voos da Pluna estavam cancelados desde a terça-feira passada devido a uma greve de funcionários, mas havia previsão para a volta das operações nesta sexta-feira. Segundo Pasadores, a paralisação sindical agravou a já "crítica" situação financeira da companhia.
Criada em 1936, a Pluna passou ao Estado em 1951, mas voltou à iniciativa privada em 1995, quando se tornou sociedade anônima após se associar à Varig.
Em 2006, com a falência da Varig, o Estado uruguaio absorveu os 49% que pertenciam à companhia brasileira.
Em 2007, a Leadgate adquiriu 75% das ações da Pluna, após o Estado injetar 28 milhões de dólares para acertar as contas da empresa e entrar como fiador na compra de novos aviões.