Didi Chuxing: nem a empresa local nem o Uber conseguiram ser rentáveis na China ainda (Qilai Shen/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 08h04.
Última atualização em 27 de março de 2018 às 17h38.
Pequim - A companhia de transporte partilhado Uber fundirá seu negócio na China com seu rival local Didi Chuxing, confirmou a companhia chinesa através da imprensa oficial do país asiático.
Rumores sobre a fusão, da qual nasce uma firma avaliada em US$ 35 bilhões, tinham sido vazados nas primeiras horas de hoje através de um suposto comunicado do executivo-chefe do Uber, Travis Kalanick.
"Não tenho nenhuma dúvida que Uber China e Didi Chuxing serão mais fortes juntas", afirmou o texto atribuído a Kalanick, que afirmou que a principal razão da fusão é buscar lucro econômico que permita ao negócio continuar, já que as duas firmas "estão investindo bilhões de dólares na China", mas ainda não conseguiram ser rentáveis.
Kalanick ressaltou que isso não impediu sua firma crescer rapidamente no promissor mercado chinês, com 150 milhões de viagens mensais em apenas dois anos de operações.
Mediante a operação, o Uber China participará em 20% da nova sociedade nascida pela fusão, enquanto Didi Chuxing investirá US$ 1 bilhão no negócio global da empresa californiana.
O anúncio aconteceu apenas três dias depois de o governo da China anunciar novas regulações que legalizam definitivamente as atividades de Uber, Didi Chuxing e outras redes de transporte partilhado acessíveis via internet e celular.
A legislação acabou com anos de incerteza nos quais Uber e Didi estavam operando de maneira ilegal no país asiático, perante os protestos dos serviços de táxi e frequentes investigações contra estas plataformas por parte de autoridades locais.