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Troca de experiências por produtos beneficia varejistas dos EUA

O gasto médio de famílias nos Estados Unidos nesta temporada de festas deve cair 7% em relação a 2019, com queda de 34% dos gastos com viagens

Natal: Embora gastos com experiências tenham sido moda nos últimos anos, a Covid-19 interrompeu a tendência (Hero Images/Getty Images)

Natal: Embora gastos com experiências tenham sido moda nos últimos anos, a Covid-19 interrompeu a tendência (Hero Images/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 21 de outubro de 2020 às 10h55.

Entradas para concertos dentro da meia de Natal e um roteiro de viagem debaixo da árvore? De forma alguma: estamos em 2020 e produtos estão outra vez na moda. Embora gastos com experiências tenham sido moda nos últimos anos - o que levou vários varejistas a repensarem estratégias de negócios -, a Covid-19 interrompeu a tendência, confirmam dados da pesquisa de temporada de Natal da Deloitte.

O gasto médio de famílias nos Estados Unidos nesta temporada de festas deve cair 7% em relação a 2019, com queda de 34% dos gastos com viagens, que responderão pela maior parte da baixa, de acordo com Rod Sides, vice-presidente da Deloitte. Parte do dinheiro normalmente gasto fora de casa irá para compras que não sejam presentes, como móveis e decoração de temporada.

“Estamos vendo uma mudança em termos do que as pessoas estão comprando”, disse Sides. “As pessoas estão focadas no lar e um pouco mais em decoração. As viagens não ocupam o mesmo lugar do passado.”

A menor preferência por experiências ao longo da temporada é uma boa notícia para empresas como a varejista Bed Bath & Beyond, que divulgou recuperação das vendas neste verão, à medida que consumidores estocavam itens para casa. Pode até dar impulso para as lanterninhas do varejo, como Gap e TJX Cos., dona da Marshalls, que tiveram mais problemas para atrair clientes confinados em casa, que estão substituindo o guarda-roupa com muito menos frequência neste ano.

A mudança já era aparente nas vendas do varejo de setembro divulgadas na sexta-feira, que subiram no ritmo mais rápido em três meses. O ganho generalizado provavelmente reflete consumidores que aproveitaram economias e fundos de benefícios extras temporários de auxílio-desemprego, além do atraso nas compras de volta às aulas.

“Com menos gastos em serviços pessoais, como viagens e entretenimento fora de casa, parte desse dinheiro está sendo transferido para caixas registradoras de varejo”, disse o economista-chefe da Federação Nacional de Varejo, Jack Kleinhenz, em comunicado.

--Com a colaboração de Jordyn Holman.

 

 

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