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Tribunal rejeita recurso de defesa de Ghosn contra aumento de detenção

Ontem (10), um Tribunal de Tóquio decidiu ampliar o prazo de detenção do executivo brasileiro até 20 de dezembro

Ghosn: executivo brasileiro permanece em prisão provisória em Tóquio desde o dia 19 de novembro (Regis Duvignau/Reuters)

Ghosn: executivo brasileiro permanece em prisão provisória em Tóquio desde o dia 19 de novembro (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 09h56.

Tóquio - Um tribunal de Tóquio rejeitou nesta terça-feira uma apelação apresentada pela defesa do executivo brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor, contra a decisão judicial de ampliar seu prazo de detenção, depois que a Promotoria apresentou novas acusações contra o empresário por ocultar pagamentos multimilionários.

Ghosn permanece em prisão provisória em Tóquio desde o dia 19 de novembro e ontem um Tribunal da capital japonesa decidiu ampliar seu prazo de detenção até 20 de dezembro.

A Promotoria apresentou na segunda-feira uma acusação formal por ocultar pagamentos milionários pactuados com a Nissan Motor entre 2011 e de 2015 e, além disso, emitiu outra ordem de detenção provisória que afetava outras supostas infrações fiscais nos três anos posteriores.

A denúncia foi anunciada após o término ontem do período de detenção provisória de Ghosn, o que obrigava a Promotoria a colocá-lo em liberdade, suspender novas acusações e anunciar a acusação formal contra ele pelos fatos que levaram à sua detenção.

A defesa do executivo brasileiro recorreu da decisão do tribunal de estender seu período de detenção, assinalaram fontes judiciais à agência japonesa "Kyodo".

No entanto, o direito processual penal do Japão permite voltar a ampliar o prazo de detenção de Ghosn até 30 de dezembro para contar com mais tempo para continuar reunindo provas destinadas à sua acusação formal.

As acusações apresentadas pela Promotoria afetam também parcialmente a Nissan Motor e outro diretor da companhia muito próximo a Ghosn, Greg Kelly, por seu vínculo com os fatos que levaram à prisão do empresário brasileiro.

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