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Trabalhadores da GM de São José decidem manter greve

Com a produção paralisada, a montadora deixa de fabricar 300 veículos por dia

Trabalhadores da GM: uma nova assembleia está marcada para o início da tarde de hoje (REUTERS/Roosevelt Cassio)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 09h46.

São Paulo - Trabalhadores do turno da manhã da fábrica de São José dos Campos, interior paulista, da General Motors ( GM ) decidiram, em assembleia realizada no início desta segunda-feira, 23, manter a greve deflagrada na última sexta-feira, 20. Com a produção paralisada, a montadora deixa de fabricar 300 veículos por dia.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, uma nova assembleia está marcada para o início da tarde de hoje.

Na terça-feira, 24, está marcada uma audiência de conciliação entre os trabalhadores e a direção da montadora no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, também no interior de São Paulo.

O encontro foi marcado após a GM ajuizar uma ação de dissídio coletivo, em que considera a greve "ilegal" e "abusiva".

A GM alega que os trabalhadores não comunicaram a paralisação previamente, como prevê a legislação.

A empresa acusa o sindicato de "deturpar" a proposta de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) apresentada por ela.

A companhia diz ter proposto o lay-off "nas bases da lei", mas não especifica que lei seria essa.

Já o sindicato afirma que decretou a greve como uma reação a uma proposta da GM de suspender 798 funcionários por dois meses a partir dos próximos 15 dias e demiti-los após esse período.

Trabalhadores dizem que só voltarão ao trabalho quando a promessa de demissão for revogada pela montadora.

O sindicato já entrou em contato com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, na ultima quinta-feira, pedindo que ele intermedie as negociações com a empresa, mas nenhum encontro foi marcado ainda.

A entidade cobra também a edição de uma Medida Provisória garantindo estabilidade no emprego para as trabalhadores da montadora.

'Caráter político'

A GM diz que a greve tem "caráter político", já que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José tem eleições para a presidência marcada para hoje e amanhã.

No pleito, a atual diretoria, ligada à Conlutas, disputa a presidência com sindicalistas ligados à CUT e à CTB.

Além da GM, outras montadoras também seguem com a produção paralisada após a semana do carnaval, só que por outros motivos.

A Ford afasta a partir de hoje, por tempo indeterminado, um grupo de 420 funcionários da linha de produção da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), diminuindo o ritmo de produção na unidade.

A MAN, fabricante de caminhões e ônibus da Volkswagen, iniciou hoje férias coletivas por dez dias na fábrica de Resende, interior do Rio de Janeiro.

Ambas as paralisações são sob o pretexto de adequar a produção à demanda. Até a última quarta-feira, a venda de veículos caiu 24,7% em fevereiro ante mesmo período de 2014.

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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, uma nova assembleia está marcada para o início da tarde de hoje.

Na terça-feira, 24, está marcada uma audiência de conciliação entre os trabalhadores e a direção da montadora no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, também no interior de São Paulo.

O encontro foi marcado após a GM ajuizar uma ação de dissídio coletivo, em que considera a greve "ilegal" e "abusiva".

A GM alega que os trabalhadores não comunicaram a paralisação previamente, como prevê a legislação.

A empresa acusa o sindicato de "deturpar" a proposta de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) apresentada por ela.

A companhia diz ter proposto o lay-off "nas bases da lei", mas não especifica que lei seria essa.

Já o sindicato afirma que decretou a greve como uma reação a uma proposta da GM de suspender 798 funcionários por dois meses a partir dos próximos 15 dias e demiti-los após esse período.

Trabalhadores dizem que só voltarão ao trabalho quando a promessa de demissão for revogada pela montadora.

O sindicato já entrou em contato com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, na ultima quinta-feira, pedindo que ele intermedie as negociações com a empresa, mas nenhum encontro foi marcado ainda.

A entidade cobra também a edição de uma Medida Provisória garantindo estabilidade no emprego para as trabalhadores da montadora.

'Caráter político'

A GM diz que a greve tem "caráter político", já que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José tem eleições para a presidência marcada para hoje e amanhã.

No pleito, a atual diretoria, ligada à Conlutas, disputa a presidência com sindicalistas ligados à CUT e à CTB.

Além da GM, outras montadoras também seguem com a produção paralisada após a semana do carnaval, só que por outros motivos.

A Ford afasta a partir de hoje, por tempo indeterminado, um grupo de 420 funcionários da linha de produção da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), diminuindo o ritmo de produção na unidade.

A MAN, fabricante de caminhões e ônibus da Volkswagen, iniciou hoje férias coletivas por dez dias na fábrica de Resende, interior do Rio de Janeiro.

Ambas as paralisações são sob o pretexto de adequar a produção à demanda. Até a última quarta-feira, a venda de veículos caiu 24,7% em fevereiro ante mesmo período de 2014.

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