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Totvs avalia "dezenas" de empresas para aquisição

Várias startups estão entre as empresas na mira da Totvs, mas a companhia enfrenta a concorrência dos fundos de private equity

A Totvs pretende agora ingressar em novos mercados, como os softwares de apoio a fintechs (Karin Salomão/Site Exame)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2019 às 06h00.

Com o caixa reforçado em R$ 1,07 bilhão como resultado da oferta de ações feita em maio, a Totvs prepara uma nova onda de aquisições.

A companhia avalia um pipeline com “dezenas de empresas” para aquisição, disse Dennis Herszkowicz, presidente da Totvs, em entrevista no escritório da empresa em São Paulo. Ele não quis dar detalhes sobre potenciais nomes específicos, dizendo apenas que são empresas de diversos tamanhos e em diferentes estágios de negociação.

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Herszkowicz assumiu a presidência da Totvs no final de 2018, substituindo o fundador Laercio Cosentino -- hoje presidente do conselho -- com a missão de manter o crescimento de receitas acima daquele dos custos e despesas, e iniciar um novo ciclo de expansão. A Totvs já incorporou 32 companhias ao longo de sua história de 36 anos, como a Datasul, em 2008, por cerca de R$ 700 milhões.

A Totvs pretende agora ingressar em novos mercados, como os softwares de apoio a fintechs, além de ampliar a oferta para conquistar serviços dentro da atual base de clientes. As negociações não têm data para serem fechadas. “Hoje, além das próprias empresas de software, há os fundos interessados em aquisições, o que torna a negociação de preços mais difícil”, disse Herszkowicz.

Várias startups estão entre as empresas na mira da Totvs, mas a companhia enfrenta a concorrência dos fundos de private equity. O Softbank foi o principal investidor no mais recente aporte financeiro recebido pela plataforma QuintoAndar, assim como naGympass, enquanto o Nubank atraiu investidores como o fundo de venture capital TCV.

Nos novos segmentos, a Totvs tem fechado parcerias com instituições financeiras para o desenvolvimento de sistemas que simplifiquem e ampliem o acesso ao crédito, como a que acertou com a Redecard em maio. Mas atuar como uma fintech propriamente dita não está nos planos, segundo o executivo. “Vamos continuar a ser uma empresa de tecnologia, de software. Não iremos tratar de risco de crédito no nosso balanço”, disse.

Com uma valorização de 90% este ano -- versus os 17% do Ibovespa --, a Totvs não tem uma política de dividendos definida, mas distribui de 50% a 60% do lucro aos acionistas. E deve manter a prática, segundo o presidente. “Não vemos motivo para mudar”.

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