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Total sofre com petróleo, mas não deve cortar empregos

A Total é parceira da Petrobras na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, que o governo estima que tenha uma das maiores reservas de petróleo do Brasil


	Plataforma de petróleo da Total no Mar do Norte: a Total é parceira da Petrobras na área de Libra
 (Total E&P UK via Bloomberg)

Plataforma de petróleo da Total no Mar do Norte: a Total é parceira da Petrobras na área de Libra (Total E&P UK via Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 13h23.

Paris - A companhia francesa de energia Total espera uma redução em seus resultados em 2015, mas não planeja cortar empregos como a britânica BP fez para lidar com os atuais baixos preços do petróleo, disse o presidente-executivo da empresa em entrevista a uma rádio nesta terça-feira.

Patrick Pouyanne afirmou à rádio Europe 1 que o grupo tem capacidade financeira para enfrentar os preços baixos.

Pouyanne disse que a Total e outras petroleiras têm sido atingidas pela derrocada nos preços do petróleo e que a companhia espera que seus resultados caiam cerca de 20 por cento.

Um porta-voz da Total disse que Pouyanne referia-se aos resultados da companhia para o ano de 2015, que serão divulgados em 11 de fevereiro.

"Nós estamos resistindo, mas estamos sendo atingidos", disse Pouyanne.

"Temos capacidade financeira para resistir à volatilidade dos preços do petróleo. Nós sabemos que, em commodities, há ciclos. Sim, este ciclo é muito violento, queda de 20 por cento em menos de um mês, 60 por cento em um ano".

A Total é parceira da Petrobras na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, que o governo estima que tenha uma das maiores reservas de petróleo do Brasil.

Questionado sobre se a Total iria cortar empregos, Pouyanne disse que não. "Estamos acostumados a esses ciclos, e os empregos não podem ser a variante de ajuste porque vou precisar desses trabalhadores quando o preço voltar a subir, e ele vai voltar a subir algum dia. Eu não sei quando".

A companhia britânica de energia BP disse na semana passada que tem planos de reduzir em 5 por cento sua força de trabalho global, com corte de 4 mil vagas.

Pouyanne disse que a Total preferiu, ao invés disso, não substituir todos empregados que se aposentam e contratar menos pessoas.

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