Total responde Greenpeace e nega existência de recife em área explorada
A ONG ambiental, que enviou uma equipe de pesquisadores ao local, na costa brasileira, questionou a petroleira sobre a região de interesse
AFP
Publicado em 4 de maio de 2018 às 12h27.
A petroleira francesa Total negou, nesta sexta-feira (4), respondendo a afirmações do Greenpeace, que exista um recife em uma área da costa brasileira onde está explorando em busca de petróleo.
Segundo a ONG ambiental, que enviou uma equipe de pesquisadores ao local, o recife de coral descoberto na foz do rio Amazonas também se estende por zonas onde o grupo francês pretende procurar petróleo.
Embora esta formação de corais tenha sido descoberta em 2016, os cientistas do Greenpeace afirmaram que abarca áreas de prospecção da Total, a cerca de 120 quilômetros da costa norte do país.
De acordo com os pesquisadores, a área é uma região de rodolitos, algas coralinas que compõem o habitat dos recifes.
Mas segundo a Total, não existe "nenhuma formação biogênica no bloco FZA-M-57", um dos cinco que está sendo explorado para buscar hidrocarbonetos, indicou o grupo em comunicado.
"O poço de exploração previsto no bloco FZA-M-57, a cerca de 1.800 metros de profundidade, estará situado a 28 quilômetros dos rodolitos identificados anteriormente e a 34 quilômetros do local onde a ONG teria encontrado rodolitos recentemente", afirmou a Total.
A petroleira ainda tem que convencer as autoridades brasileiras de que sua exploração será inócua.
No ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rechaçou o estudo de impacto ambiental da Total e ameaçou acabar com seu projeto de exploração.
O Greenpeace, por sua vez, anunciou na quinta-feira que está analisando a costa da Guiana Francesa, território próximo ao Brasil onde a Total também tem permissão para explorar.