Negócios

ThyssenKrupp pode expandir operações no Brasil

O conglomerado industrial alemão está considerando um novo plano para, junto a um parceiro, construir uma usina de processamento no Brasil


	Trabalhador caminha entre rolos de aço em uma siderúrgica da ThyssenKrupp, na Alemanha
 (Sean Gallup/Getty Images)

Trabalhador caminha entre rolos de aço em uma siderúrgica da ThyssenKrupp, na Alemanha (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2013 às 14h51.

Frankfurt - A ThyssenKrupp novamente redesenhou seus planos para suas operações de aço nas Américas e estuda permanecer e expandir suas atividades no Brasil e abandonar totalmente as atividades nos Estados Unidos.

Após um ano de esforços mal sucedidos de venda de suas unidades no Brasil e no Alabama, o conglomerado industrial alemão está considerando um novo plano para, junto a um parceiro, construir uma usina de processamento no Brasil, e manter sua participação em um unidade de fabricação de aço no país, disseram pessoas próximas a questão.

A ThyssenKrupp estaria negociando com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) um acordo pelo qual a brasileira compraria aços planos da unidade no país da Thyssen, até que a usina de processamento fique pronta.

Embora um porta-voz da ThyssenKrupp tenha dito que continua "em negociações avançadas com um potencial interessado" para suas unidades no Brasil e no Alabama, fontes com conhecimento do assunto dizem que o mais provável é que venda apenas sua processadora de aço em Calvert, no Alabama.

Meses de negociações com a brasileira Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para a venda da unidade do Alabama não resultaram em acordo. Diante da ausência da formalização da venda, a maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal permanece como o principal interessado em Alabama, disse uma das fontes.

A ThyssenKrupp assumiu as duas usinas na década passada, em meio ao boom do aço, fabricando placas de aço bruto no Brasil e as embarcando para o Alabama, onde era enrolado em folhas e distribuído para a indústria automobilística norte-americana. Com a crise financeira global e a volatilidade do câmbio brasileiro, as duas unidades deixaram de ser rentáveis desde sua abertura em 2010.

A ThyssenKrupp perdeu mais de US$ 15 bilhões nas duas unidades, com o valor contábil de ambas tendo caído para US$ 4,5 bilhões, considerando perdas de US$ 10,7 bilhões nos últimos três anos. As operações da Steel Americas continuaram queimando caixa nos três trimestres até 30 de setembro, embora menos do que anteriormente, de acordo com pessoa familiarizada com o assunto.

Mesmo que tenha desistido de se desfazer de sua participação de 73% na unidade brasileira, onde a Vale possui o restante da participação, ainda negocia com a CSN a venda de até três milhões de toneladas de placas de aço da unidade por cinco anos. Isso garantiria uma utilização razoável de sua fábrica de placas de aço no Brasil e daria a ThyssenKrupp tempo para construir uma usina de processamento. Ambas partes negociam o preço das placas e o compromisso de cinco anos, acrescentaram as fontes.

As discussões com a ArcelorMittal, que expressou interesse em adquirir a usina de Calvert com a japonesa Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp por US$ 2 bilhões, intensificaram-se recentemente.

A ThyssenKrupp também produz um outro plano para a caso de não conseguir vender as duas usinas da unidade Steel Americas. A ideia seria abrir suas operações na Europa e nas Américas para um parceria com outras siderúrgicas, dizem banqueiros. Isso permitiria à companhia dividir suas operações entre aço e de engenharia, esta última mais rentáveis. Fonte: Dow Jones Newswire/Wall Street Journal.

Acompanhe tudo sobre:CSNEmpresasEmpresas abertasEmpresas alemãsEmpresas brasileirasEmpresas privadasSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasThyssenkrupp

Mais de Negócios

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Há três meses, marca de hair care Braé lançou produtos para magazines que já são 10% das vendas

Mais na Exame