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Temu supera Magazine Luiza e Aliexpress com 25 milhões de usuários no Brasil

Lançado em junho, o aplicativo chinês já é o terceiro maior em número de usuários ativos, atrás apenas de Mercado Livre e Shopee

Temu: plataforma chinesa ganha destaque em poucos meses no Brasil (Justin Sullivan/Getty Images)
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 16h06.

Em poucos meses por aqui, a plataforma de compras on-line Temu já se tornou uma das principais plataformas no e-commerce brasileiro. Em setembro, a empresa alcançou 25 milhões de usuários, superando o AliExpress e o Magazine Luiza.

A Temu agora tem a terceira maior base de usuários ativos mensais (MAU, na sigla em inglês), ficando atrás apenas do Mercado Livre e Shopee. Os números fazem parte de um relatório do Citi divulgado nesta sexta-feira, 25, com base em dados da SimilarWEB e SensorTower.

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A Temu é um aplicativo de compras chinês que vende de tudo. Por ali, é possível comprar móveis, eletrônicos, roupas e até utensílios domésticos de pequeno valor. A estratégia da empresa para atrair clientes é apostar no preço baixo para incentivar o consumo. Não à toa, o slogan é “compre como um bilionário”.

Qual é a história do Temu

Por trás da Temu está a Pinduoduo,grupo chinês avaliado em 170 bilhões de dólares na Nasdaq.

Uma das plataformas de comércio eletrônico mais populares da China, a Pinduoduo conta com aproximadamente 900 milhões de usuários. Ficou famosa por adotar um modelo de compras em grupo, parecido com o que foi no Brasil o Groupon e o Peixe Urbano.

O sucesso da plataforma permitiu que a empresa apostasse num outro modelo, mais semelhante a um marketplace, em que os fornecedores sediados na China pudessem vender e enviar diretamente o produto ao cliente final, sem ter de recorrer a armazéns no país de destino.

Nos Estados Unidos, já é a segunda principal varejista online, atrás apenas da Amazon , e já ultrapassou concorrentes de peso como Shein.

Qual é o diferencial da Temu

O diferencial, porém, vem numa funcionalidade chamada de Next-Gen Manufacturing.

“Ao contrário do modelo tradicional, onde as marcas produziam bens e depois os comercializavam aos consumidores, o modelo Next-Gen Manufacturing permite que os parceiros de mercadorias ajustem o desenvolvimento de seus produtos e processos de fabricação de acordo com os insights de mercado canalizados através do Temu”.

“Esta abordagem resulta em custos mais baixos tanto para os consumidores como para os parceiros de mercadorias devido às economias de escala resultantes de uma melhor adequação dos produtos, aumento das receitas e menos desperdício de produção incompatível”, afirmam também.

Qual é o tamanho da Temu

A plataforma da Temu entrou em funcionamento pela primeira vez nos Estados Unidos em setembro de 2022. Em fevereiro de 2023, a Temu foi lançada no Canadá.

No mês seguinte, foi lançada na Austrália e na Nova Zelândia. No mesmo período, também chegou aos seguintes países:

Nos Estados Unidos, a empresa adotou estratégicas como propagandas em horários nobres e, aos poucos, galgou espaços até se tornar o aplicativo mais baixado nos Estados Unidos para iOS e Android.

O número de usuários ativos mensais da Temu nos EUA disparou 950% no quatro trimestre de 2023, frente um ano antes. Hoje, a operação já é a segunda que mais vende no e-commerce norte-americano, atrás apenas da Amazon.

Por que a Tamu se tornou um fenômeno de vendas?

A ampla variedade de produtos oferecidos é "indiscutivelmente o fator mais significativo" para impulsionar a Temu à frente da Shein, avalia Fatima Linares, analista da Euromonitor International:

“Em um momento em que a crise contínua do custo de vida exige compras mais conscientes do orçamento, os utensílios de cozinha e eletrônicos da Temu, com preços entre 5 e 10 dólares, têm forte apelo”.

Segundo o Morgan Stanley, a empresa vende itens que vão de robô aspirador a conjuntos de tintas aquarela por preços até 70% mais baixos do que produtos semelhantes oferecidos na Amazon. E ainda oferece, nos EUA, frete grátis sem exigência de valor mínimo de compra.

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