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Telefônica vai iniciar transição de comando nesta semana

Eduardo Navarro prometeu continuar a cortar custos e expandir o crescimento dos serviços digitais da maior operadora de telecomunicações do país

Telefônica: as ações da Telefônica Brasil tiveram a maior queda em mais de cinco anos nesta segunda (Orlando Sierra/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 22h16.

São Paulo - A Telefônica Brasil começará nesta semana a transição de comando para o novo presidente-executivo, Eduardo Navarro, que prometeu continuar a cortar custos e expandir o crescimento dos serviços digitais da maior operadora de telecomunicações do país.

Tanto Navarro quanto o seu predecessor, Amos Genish, disseram à Reuters que ainda há muito o que fazer na Telefônica Brasil para aumentar lucro, operar de maneira mais eficiente e diversificar fontes de receita. Genish continuará como presidente-executivo da companhia que opera sob a marca Vivo até dezembro.

Genish disse que presidirá uma transição de liderança suave, observando que Navarro, atualmente diretor de comercialização digital da empresa controladora, a Telefónica, é "a pessoa perfeita para o cargo de liderança" da Telefônica Brasil. Navarro é atualmente presidente do conselho de administração da operadora brasileira.

Apesar disso, as ações da Telefônica Brasil tiveram a maior queda em mais de cinco anos nesta segunda-feira, denotando a preocupação de investidores de que a renúncia surpreendente de Genish poderá tirar a companhia de sua estratégia de crescimento.

Investidores creditam a Genish, um ex-oficial do exército de Israel de 55 anos, a extração de 65 por cento a mais de cortes de custos que o esperado na compra da GVT, empresa fundada por ele em 1999. Sob seu comando, a Telefônica Brasil cresceu mais rápido que os rivais apesar da recessão no país.

"Um dos principais pilares da tese de investimento da Telefônica Brasil - a gestão de alto nível - enfraqueceu com a saída de Amos, aumentando o risco de execução para ganhos de sinergia e fatias de parcela de mercado", disse o analista do Bradesco BBI, Fred Mendes, em nota a clientes. Mendes reduziu a recomendação do BBI sobre as ações preferenciais da empresa para "neutra".

As ações preferenciais da Telefônica Brasil fecharam em queda de 6,9 por cento, a 43,60 reais. A queda, o maior recuo intradia desde agosto de 2011, foi acompanhada por volumes recordes de comercialização da ação, de acordo com dados da Thomson Reuters.

A liderança de Genish, as mudanças culturais e a percepção de que Navarro continuará a estratégia devem interromper as preocupações do mercado, disse Richard Dineen, analista do UBS Securities.

"Quando você atinge suas metas em um curto período de tempo, então você se pergunta se deve se comprometer com a empresa por um período de tempo maior. Uma renovação do comprometimento implicaria uma decisão pessoal muito pesada para mim e para minha família", disse Genish na entrevista.

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São Paulo - A Telefônica Brasil começará nesta semana a transição de comando para o novo presidente-executivo, Eduardo Navarro, que prometeu continuar a cortar custos e expandir o crescimento dos serviços digitais da maior operadora de telecomunicações do país.

Tanto Navarro quanto o seu predecessor, Amos Genish, disseram à Reuters que ainda há muito o que fazer na Telefônica Brasil para aumentar lucro, operar de maneira mais eficiente e diversificar fontes de receita. Genish continuará como presidente-executivo da companhia que opera sob a marca Vivo até dezembro.

Genish disse que presidirá uma transição de liderança suave, observando que Navarro, atualmente diretor de comercialização digital da empresa controladora, a Telefónica, é "a pessoa perfeita para o cargo de liderança" da Telefônica Brasil. Navarro é atualmente presidente do conselho de administração da operadora brasileira.

Apesar disso, as ações da Telefônica Brasil tiveram a maior queda em mais de cinco anos nesta segunda-feira, denotando a preocupação de investidores de que a renúncia surpreendente de Genish poderá tirar a companhia de sua estratégia de crescimento.

Investidores creditam a Genish, um ex-oficial do exército de Israel de 55 anos, a extração de 65 por cento a mais de cortes de custos que o esperado na compra da GVT, empresa fundada por ele em 1999. Sob seu comando, a Telefônica Brasil cresceu mais rápido que os rivais apesar da recessão no país.

"Um dos principais pilares da tese de investimento da Telefônica Brasil - a gestão de alto nível - enfraqueceu com a saída de Amos, aumentando o risco de execução para ganhos de sinergia e fatias de parcela de mercado", disse o analista do Bradesco BBI, Fred Mendes, em nota a clientes. Mendes reduziu a recomendação do BBI sobre as ações preferenciais da empresa para "neutra".

As ações preferenciais da Telefônica Brasil fecharam em queda de 6,9 por cento, a 43,60 reais. A queda, o maior recuo intradia desde agosto de 2011, foi acompanhada por volumes recordes de comercialização da ação, de acordo com dados da Thomson Reuters.

A liderança de Genish, as mudanças culturais e a percepção de que Navarro continuará a estratégia devem interromper as preocupações do mercado, disse Richard Dineen, analista do UBS Securities.

"Quando você atinge suas metas em um curto período de tempo, então você se pergunta se deve se comprometer com a empresa por um período de tempo maior. Uma renovação do comprometimento implicaria uma decisão pessoal muito pesada para mim e para minha família", disse Genish na entrevista.

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