Benefícios financeiros e fiscais entre a Vivo e a Telefónica estão previstos ente 1 bilhão e 1,5 bilhão de euros (Arquivo/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Madri/São Paulo - A Telefónica ampliou sua previsão de sinergias geradas pela compra do controle da Vivo para o montante mínimo entre 3,3 bilhões e 4,2 bilhões de euros. Anteriormente, o grupo espanhol falava de uma criação de valor de 3,3 bilhões a 3,9 bilhões de euros.
A projeção divulgada nesta sexta-feira inclui "sinergias operacionais e as derivadas da incorporação da Vivo no modelo de gestão integrado do Grupo Telefónica", com efeito positivo na geração de receitas e economia de custos e de investimentos no valor mínimo de 2,3 bilhões a 2,7 bilhões de euros.
Além disso, considera benefícios financeiros e fiscais de entre 1 bilhão e 1,5 bilhão de euros.
No final de julho, a Telefónica fechou a compra da participação que não tinha na Brasilcel, holding de controle da Vivo que era compartilhada com a Portugal Telecom. A espanhola se dispôs a pagar 7,5 bilhões de euros pela fatia dos portugueses na Brasilcel, após ter oferecido inicialmente 5,7 bilhões de euros em maio.
A Telefónica também informou nesta sexta que registrará no resultado do terceiro trimestre de 2010 um impacto líquido positivo de cerca de 3,5 bilhões de euros, decorrente da diferença entre o valor da Vivo na data de aquisição das ações da operadora móvel que pertenciam à Portugal Telecom e os montantes prévios lançados em seu balanço.
"Desta forma, a Telefónica avança no seu objetivo de alcançar um lucro por ação no exercício atual de 2,10 euros", informou a empresa espanhola.
União de ativos no Brasil
A Telefónica planeja unir a Vivo à sua operadora de telefonia fixa no Brasil, a Telesp, concessionária em São Paulo. Combinadas, elas formam a maior empresa de telecomunicações do Brasil em assinantes e receita, com oferta integrada de serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura.
A Telefónica apresentará no final de outubro a Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações ordinárias da Vivo em circulação no mercado, que representam cerca de 3,8 por cento do capital total da operadora móvel. A estimativa é de conclusão da OPA em fevereiro de 2011.
Depois disso, a Telefónica seguirá com o processo de integração das atividades da Telesp e da Vivo, informou o grupo espanhol.
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