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Telecom descarta chance de sair do Brasil, diz presidente

Franco Bernabé, presidente da Telecom, descartou a possibilidade de vender as participações da companhia telefônica italiana no Brasil

Franco Bernabé, presidente do conselho e diretor executivo da Telecom Italia: saída do Brasil representaria uma queda em perspectivas de crescimento, segundo Bernabé (Alessandro Bianchi/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 09h46.

Roma - O presidente da Telecom , Franco Bernabé, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de vender as participações da companhia telefônica italiana no Brasil e na Argentina ao considerar que tal ação representaria uma queda em suas perspectivas de crescimento .

Bernabé fez essa declaração perante uma comissão do Parlamento italiano, onde compareceu para esclarecer o anúncio feito pela operadora espanhola Telefônica , que, por sua vez, visa ampliar sua participação na Telecom para se tornar sócio majoritário da companhia no futuro.

A posição da Telefônica em direção a Telecom gerou inúmeras especulações tanto no Brasil como na Argentina, já que tal união poderia encontrar problemas em relação às legislações de concorrência.

No entanto, Bernabe deixou claro que a venda das participações da Telecom na América Latina comportaria "uma forte reorganização do perfil internacional do grupo e de suas perspectivas de crescimento, ou seja, algo que não pode ser realizado em um tempo breve".

O presidente da Telecom explicou que a companhia necessita "de um aumento de capital" e, inclusive, ressaltou que possui todas as condições necessárias para isso, já que, segundo ele, o "momento é de extraordinária liquidez e há muitos investidores dispostos a investir".

No Brasil, a Telecom controla a TIM Brasil, enquanto a Telefônica possui a empresa Vivo, a segunda companhia do mercado. Já na Argentina, a Telecom possui 68% da Sofora Telecomunicações, que é a sociedade que controla indiretamente a Telecom Argentina.


Bernabé foi ao Parlamento italiano para dar explicações sobre o acordo alcançado na última segunda-feira, pelo qual a Telefônica, que atualmente tem 46,18% da Telco, que, por sua vez, controla 22,6% da Telecom, chegaria a ter 70% deste consórcio com opção de 100%.

Desta forma, Bernabe reconheceu que a Telefônica poderia controlar todo o pacote acionário da Telco e se transformaria em sócio de referência da companhia de telecomunicações italiana, mas lembrou que o restante do capital está no mercado.

O presidente de Telecom assegurou que não sabia das operações da Telefônica na Telco e que se inteirou da situação através da própria imprensa e dos comunicados emitidos ontem de manhã.

Bernabe assegurou que a "Telecom não é uma empresa em crise" e que, apesar do forte endividamento alcançar os 44 bilhões de euros, garantiu 18 bilhões de euros em investimentos desde 2007.

O aumento da participação da Telefônica na Telecom gerou uma grande polêmica na Itália por causa da perda de controle de um dos colossos italianos. Por conta deste fato, o presidente do governo, Enrico Letta, comparecerá ao Parlamento na próxima terça-feira para falar sobre o assunto.

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Roma - O presidente da Telecom , Franco Bernabé, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de vender as participações da companhia telefônica italiana no Brasil e na Argentina ao considerar que tal ação representaria uma queda em suas perspectivas de crescimento .

Bernabé fez essa declaração perante uma comissão do Parlamento italiano, onde compareceu para esclarecer o anúncio feito pela operadora espanhola Telefônica , que, por sua vez, visa ampliar sua participação na Telecom para se tornar sócio majoritário da companhia no futuro.

A posição da Telefônica em direção a Telecom gerou inúmeras especulações tanto no Brasil como na Argentina, já que tal união poderia encontrar problemas em relação às legislações de concorrência.

No entanto, Bernabe deixou claro que a venda das participações da Telecom na América Latina comportaria "uma forte reorganização do perfil internacional do grupo e de suas perspectivas de crescimento, ou seja, algo que não pode ser realizado em um tempo breve".

O presidente da Telecom explicou que a companhia necessita "de um aumento de capital" e, inclusive, ressaltou que possui todas as condições necessárias para isso, já que, segundo ele, o "momento é de extraordinária liquidez e há muitos investidores dispostos a investir".

No Brasil, a Telecom controla a TIM Brasil, enquanto a Telefônica possui a empresa Vivo, a segunda companhia do mercado. Já na Argentina, a Telecom possui 68% da Sofora Telecomunicações, que é a sociedade que controla indiretamente a Telecom Argentina.


Bernabé foi ao Parlamento italiano para dar explicações sobre o acordo alcançado na última segunda-feira, pelo qual a Telefônica, que atualmente tem 46,18% da Telco, que, por sua vez, controla 22,6% da Telecom, chegaria a ter 70% deste consórcio com opção de 100%.

Desta forma, Bernabe reconheceu que a Telefônica poderia controlar todo o pacote acionário da Telco e se transformaria em sócio de referência da companhia de telecomunicações italiana, mas lembrou que o restante do capital está no mercado.

O presidente de Telecom assegurou que não sabia das operações da Telefônica na Telco e que se inteirou da situação através da própria imprensa e dos comunicados emitidos ontem de manhã.

Bernabe assegurou que a "Telecom não é uma empresa em crise" e que, apesar do forte endividamento alcançar os 44 bilhões de euros, garantiu 18 bilhões de euros em investimentos desde 2007.

O aumento da participação da Telefônica na Telecom gerou uma grande polêmica na Itália por causa da perda de controle de um dos colossos italianos. Por conta deste fato, o presidente do governo, Enrico Letta, comparecerá ao Parlamento na próxima terça-feira para falar sobre o assunto.

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