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Takata cogita pedido de proteção judicial para unidade nos EUA

Empresa busca um parceiro financeiro que a ajude a arcar com os custos sobre um recall global de milhares de potenciais airbags defeituosos

Takata: empresa tem enfrentado dificuldades para fornecer peças substitutas para os airbags potencialmente defeituosos (Kazuhiro Nogi/AFP)

Takata: empresa tem enfrentado dificuldades para fornecer peças substitutas para os airbags potencialmente defeituosos (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 11h55.

Washington/Tóquio - A japonesa Takata está considerando entrar com pedido de proteção judicial para sua unidade norte-americana, enquanto busca um parceiro que a ajude a arcar com custos relacionados a seus airbags defeituosos, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.

A empresa vem trabalhando para escolher um parceiro financeiro que a ajude a arcar com os enormes custos decorrentes do recall global de milhares de potenciais airbags defeituosos. Um comitê diretivo nomeado pela empresa apontou o banco de investimentos Lazard para assessorar o processo.

A Takata tem enfrentado dificuldades para fornecer peças substitutas para os airbags potencialmente defeituosos - que foram relacionados a pelo menos 16 mortes em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos - e se empenha para recolher aproximadamente 100 milhões de unidades globalmente.

O pedido de proteção judicial para a unidade norte-americana da Takata, baseada em Michigan, que responde por quase metade das vendas globais da Takata, é uma das opções em estudo, mas não se espera que ocorra em breve, de acordo com a fonte.

Nesta sexta-feira, a fabricante japonesa reiterou seu interesse em chegar a um acordo com os clientes do setor automotivo acerca da reestruturação, idealmente até o fim do ano. Mas completou que qualquer decisão será tomada pelo comitê diretivo.

"Nossa preferência seria reestruturar os débitos por meio de acordo não judicial com os credores. Essa tem sido nossa posição desde o começo, e não mudou", afirmou o diretor financeiro da companhia, Yoichiro Nomura, a repórteres durante divulgação de resultados. "Fora isso, estamos abertos a todas as opções", acrescentou.

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