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TAG prevê investimentos de R$ 1 bi em 5 anos, diz CEO

De acordo com Gustavo Labanca, investimentos serão feitos principalmente em manutenção e medidas de reforço de segurança da transportadora

Petrobras: empresa vendeu 90% da TAG para o grupo Engie (Mario Tama / Equipa/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 14 de agosto de 2019 às 19h01.

Última atualização em 14 de agosto de 2019 às 19h47.

Rio de Janeiro — A Transportadora Associada de Gás (TAG) deverá investir cerca de 1 bilhão de reais nos próximos cinco anos, principalmente em manutenção e medidas de reforço de segurança da rede, afirmou nesta quarta-feira, 14, o diretor-presidente da companhia, Gustavo Labanca, após participar de evento no Rio de Janeiro.

A venda de 90% da TAG pela Petrobras foi concluída em junho para o grupo formado pela elétrica francesa Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ), permitindo uma entrada em caixa para a petroleira estatal de 33,5 bilhões de reais.

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"Tem uma série de investimentos que são necessários para garantir a segurança da malha, integridade", afirmou Labanca a jornalistas, ao participar de evento sobre gás natural do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Alguns aportes, segundo Labanca, precisam ser feitos de imediato. "Estamos fazendo também uma análise mais minuciosa de toda a malha para ver onde vamos ter que fazer algum tipo de intervenção para priorizar."

Também presente no evento, o diretor de operações da TAG, Emmanuel Delfosse, explicou que os investimentos vão passar por todo um rito regulatório e avaliações junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O diretor ressaltou que roubos de dutos no Brasil é algo que preocupa a empresa, tanto pelos riscos de prejuízos financeiros quanto pelo perigo de causar danos às comunidades e ao meio ambiente.

"Esse fenômeno está começando a ser muito organizado, é difícil ir contra eles", afirmou, explicando que os dutos da TAG compartilham trechos com oleodutos, que são os principais focos nos furtos.

Segundo ele, pode acontecer de os gasodutos serem furados por engano ou até mesmo, pela proximidade, acabarem sofrendo danos, o que segundo ele ainda não aconteceu no Brasil.

Delfosse pontuou ainda que os investimentos previstos da empresa poderão crescer caso haja necessidade, com a vinda de mais clientes além da Petrobras.

Mas uma possível expansão da malha, segundo o diretor, ainda vai depender de sinalizações importantes da demanda e da regulação.

Uma fatia de 10% da TAG que ainda pertence à Petrobras deverá ser vendida até o fim de 2021, conforme compromisso da petroleira com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

"Obviamente, quem tem os 90% tem interesse em ter os 10% restantes, a gente vai olhar com todo cuidado... Obviamente vamos olhar no momento adequado", disse Labanca.

No mês passado, a outra grande transportadora do país, Nova Transportadora do Sudeste (NTS), afirmou em entrevista a jornalistas que planejava investir 900 milhões de reais nos próximos cinco anos, enquanto busca se tornar mais eficiente e preparar a empresa para a expansão.

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