Negócios

Suzano anuncia compra de produtora de papel Facepa por R$ 310 mi

A empresa considera que a aquisição está "alinhada aos objetivos de expansão de suas atividades para os mercados de produtos adjacentes à celulose"

Papel: Facepa produz e comercializa toalhas de papel, guardanapos, fraldas, papel higiênico e lenços de papel (foto/Thinkstock)

Papel: Facepa produz e comercializa toalhas de papel, guardanapos, fraldas, papel higiênico e lenços de papel (foto/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 09h56.

Última atualização em 4 de dezembro de 2017 às 12h42.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose fechou acordo para compra da Facepa Fábrica de Papel da Amazônia, por 310 milhões de reais, acelerando sua estratégia de ingressar no mercado de papéis sanitários.

A Facepa, criada em 1958, produz e comercializa toalhas de papel, guardanapos, fraldas, papel higiênico e lenços de papel sob diversas marcas, entre outros produtos, e tem fábricas em Belém (PA) e Fortaleza (CE), com capacidade instalada de aproximadamente 50 mil toneladas ao ano, das quais 40 mil ocupadas.

"A Facepa é um grande acelerador para nós, nos dá uma ampla base de consumidores no Norte e Nordeste", disse o diretor-executivo de bens de consumo da Suzano, Fabio Prado. Segundo ele, a Facepa tem participação de mercado de 15 por cento na Região Nordeste, disputando liderança do mercado na região com produtores como Mili e Kimberly-Clark.

A Suzano iniciou a produção de papéis sanitários, ou tissue, em setembro, na fábrica de Mucuri (BA), e tem outra fábrica em operação em Imperatriz (MA), em um investimento conjunto nas duas unidades de 540 milhões de reais. No início do ano, a empresa tinha comentado que buscava ter participação de mercado relevante no segmento no Norte e Nordeste até o final deste ano.

A Suzano começou o projeto tissue em 2015, com a construção das fábricas em Mucuri e Imperatriz. Na época, o mercado brasileiro de papel tissue era de 900 mil toneladas para uso domiciliar e 300 mil toneladas para uso corporativo, segundo dados da companhia.

A aquisição da Facepa é a primeira da Suzano na área de papéis sanitários e o diretor executivo financeiro da companhia, Marcelo Bacci, comentou que a empresa vai esperar a aprovação da compra da Facepa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) antes de lançar a uma eventual nova oferta de aquisição.

Segundo Bacci, a Suzano fará um pagamento de "parte relevante" da aquisição à vista e o restante na sequência, para "ajustes e contingências".

Questionado quais linhas de produto da Facepa a Suzano manterá em seu portfólio, Prado comentou que "é possível" a companhia seguir com a produção de fraldas da adquirida. O executivo comentou ainda que apesar da aquisição, a Suzano manterá o desenvolvimento de marca própria no segmento de papel tissue.

Às 11:01, as ações da Suzano recuavam 2,4 por cento, a 17,3 reais, enquanto o Ibovespa tinha ganho de 0,4 por cento. A rival Fibria mostrava baixa de 1,5 por cento e Klabin tinha ganho de 0,7 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Fusões e AquisiçõesPapel e Celulosesuzano

Mais de Negócios

Adeus, CLT? Franquia é modelo de negócio ideal para quem vai começar a empreender, diz especialista

Papo de Empreendedores: conectividade, empreendedorismo e energia embalam painéis para PMEs; assista

Faturamento das PMEs cresce 5,2% no segundo trimestre

Fintech de música, Strm capta R$ 35 milhões e atrai dupla sertaneja Henrique e Juliano em rodada

Mais na Exame