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Stuo: o novo super app corporativo que nasce com 1 milhão de usuários

Aplicativo é resultado da fusão entre a empresa de tecnologia Wappa e a fintech Expense Mobi; promessa é reunir custos com colaboradores em um único lugar, digitalmente, e gerar economia de até 60% para empresas

Ao contrário de aplicativos lançados por empreendedores recém-chegados ao mercado, os executivos defendem como um diferencial da nova companhia a experiência adquirida dentro do mercado de tecnologia (DircinhaSW/Getty Images)

Ao contrário de aplicativos lançados por empreendedores recém-chegados ao mercado, os executivos defendem como um diferencial da nova companhia a experiência adquirida dentro do mercado de tecnologia (DircinhaSW/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 08h00.

Pedir um carro via app, marcar uma viagem ou utilizar um cartão de benefícios para pedir uma refeição. Quem nunca praticou pelo menos uma das três ações no trabalho, que atire a primeira pedra. Enquanto a facilidade dos aplicativos traz a agilidade para concluir qualquer uma dessas atividades em poucos toques, a descentralização dos pedidos pode gerar dores de cabeça em quem tem que organizar todos esses custos. Diante dessa demanda, o app de mobilidade Wappa e a fintech Expense Mobi se uniram para criar o Stuo, um “super app corporativo”.

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A fusão veio três anos depois dos CEOs Armindo Mota Junior (da Wappa) e Murilo Thiele (da Expense Mobi) se conhecerem. Além do pedido dos clientes por mais soluções, ambos viram no momento atual das companhias e da economia a oportunidade para investirem juntos. “É um mercado de mais de 50 bilhões de reais se olharmos só para mobilidade. Pensando na nossa oferta, estamos mirando um mercado potencial de 200 bilhões de reais”, diz Armindo.

Ao contrário de aplicativos lançados por empreendedores recém-chegados ao mercado, os executivos defendem como um diferencial da nova companhia a experiência adquirida dentro do mercado de tecnologia. No caso de Armindo, isso significa uma experiência de mais de 20 anos com o Wappa – um dos primeiros apps de táxi corporativo no Brasil. E, para Murilo, mais de 10 anos à frente da Expense Mobi, fintech que ajuda empresas a automatizar processos. 

Unindo forças, a função do super app lançado agora será a de organizar todos os pontos de interação entre empresas e colaboradores em um único lugar. Desde pedir um carro por aplicativo até utilizar um cartão corporativo (virtual e físico) em que é possível limitar o horário em que será usado, além de aplicar restrições como o consumo de bebida alcoólica paga com este meio de pagamento. 

Aplicativo quer trazer, na palma da mão, todas as atividades de custos dos colaboradores (Stuo/Divulgação)

O app já nasce com um milhão de usuários – resultado da combinação de clientes entre Wappa e Expense Mobi – e 12 mil empresas clientes, presentes em 3 mil cidades brasileiras. Entre elas, estão nomes como McDonald’s, Totvs, Santander e Fleury.

Apesar de não ter um concorrente direto, o Stuo deve enfrentar a competição de empresas consolidadas em alguns pilares. Os apps de transporte, por exemplo, têm passado por um momento delicado: a Uber teve o primeiro lucro operacional depois de mais de uma década em 2021, mas um lucro operacional baixo na pandemia. Em menor grau, a concorrência de software de gestão de custos – ainda que muito do propósito do super app seja substituir trabalho manual – e de agências de viagens. Tudo isso em um período de retomada econômica e fim das restrições causadas pela pandemia. 

Para se diferenciar, além dos componentes de personalização que tornam possível analisar custos de funcionário a funcionário, o Stuo afirma que pode gerar economia de 40% a 60% nos custos de back-office dentro dos clientes. “Ter tudo reunido dentro do ambiente digital, com o cartão virtual de uso único, por exemplo, traz muito mais segurança para empresas e colaboradores”, diz Murilo Thiele, CEO da Expense Mobi. 

Com a ideia de agregar cada vez mais serviços dentro do ecossistema da Stuo, a empresa olha para oportunidades de fusão ou aquisição, sem excluir a possibilidade de desenvolver internamente novas áreas para completar a oferta atual da companhia. Por enquanto, ainda não há nomes possível para aquisição ou prazo para que novas áreas sejam incorporadas à ferramenta. 

A meta, segundo os executivos, é aumentar o número de clientes em 50% a 60% nos próximos dois anos, olhando principalmente para o Brasil. “Trata-se de um público corporativo, é uma velocidade mais lenta do que se olharmos somente para consumidor final”, diz Armindo. Em termos de receita, o foco é chegar a 100 milhões de reais por ano até 2027.

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