Negócios

Steve Jobs multiplicou por 100 o valor da Apple desde 1996

A Apple quase quebrou sem o auxílio de seu cofundador genial, que ficou afastado por dez anos

Steve Jobs faleceu ontem, aos 56 anos, mas deixou um legado: uma companhia com valor de mercado de US$ 340 bilhões (Getty Images)

Steve Jobs faleceu ontem, aos 56 anos, mas deixou um legado: uma companhia com valor de mercado de US$ 340 bilhões (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 6 de outubro de 2011 às 12h50.

São Paulo – Nenhum número é mais expressivo para mostrar a importância de Steve Jobs para a Apple, do que o valor da empresa. Em 1996, quando Jobs retornou à companhia, após dez anos afastado por brigas, ela valia pouco mais de 3 bilhões de dólares e se afundava em prejuízos. No final de agosto deste ano, a cifra chegava a quase 340 bilhões de dolares – 113 vezes mais – e a Apple figurava no panteão das empresas mais admiradas do mundo.

Quando criou a Apple, em 1976, na garagem de sua residência, com a ajuda de seu sócio Steve Wozniak, Jobs não imaginava que desavenças pessoais o afastariam por mais de dez anos das operações da companhia que ele próprio desenhou.

Durante os anos de 1985 e 1996, Jobs esteve totalmente desconectado dos negócios da Apple e se dedicou, neste período, a projetos pessoais que deram certo, como a criação da NeXT , que a própria Apple comprou por mais de 400 milhões de dólares tempos depois.

A Apple, por sua vez, afundava sem o seu principal líder. Em 1996, a companhia vivia uma de suas piores crises financeiras e apresentou prejuízo ao mercado de mais de 800 milhões de dólares.  Na ocasião, Jobs foi convidado a assumir o cargo de CEO da companhia. O empresário sabia que tinha pela frente um grande desafio: tirar, literalmente, a Apple do buraco.

Lucro

Ambicioso e com a ideologia de vida de querer mudar o mundo, Jobs aceitou o desafio e durante os quase 15 anos, entre idas e vindas ao comando da companhia por conta da sua doença, o executivo elevou para 14 bilhões de dólares os ganhos da companhia.

Os primeiros anos, no entanto, da gestão de Jobs não tiveram resultados imediatos e foi, somente a partir de meados dos anos 2000, quando Jobs teve a grande sacada de diversificar o portfólio, com a criação do iPod e mais tarde do iPhone e do iPad , que a Apple começou se reerguer e a trilhar o caminho para chegar a posição que ocupa hoje.

Outros números da Apple, depois do retorno de Jobs, começaram a crescer também em grande proporção. A receita saltou seis vezes de 9,8 bilhões de dólares, em 1996, para 65,2 bilhões de dólares em 2010. Há estimativas que o faturamento, neste ano, ultrapasse a marca de 100 bilhões de dólares. O número de funcionários também cresceu 8.000 para quase 50.000 pessoas.

A morte do co-fundador da Apple foi anunciada ontem, mas não há dúvidas que seu legado continuará vivo e presente no dia-a-dia da companhia. Seu sucessor, Tim Cook, tem agora uma difícil, mas honrosa tarefa: dar continuidade aos planos do executivo mais formidável da história da Apple até agora.

Acompanhe tudo sobre:AppleDesempenhoDiversificaçãoEmpresáriosEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaEstratégiagestao-de-negociosLucroPersonalidadesSteve JobsSucessãoTecnologia da informação

Mais de Negócios

Ex de Bezos doou US$ 2 bilhões em 2024 — valor total nos últimos anos chega a US$ 19,3 bi

Da mineração ao café: as iniciativas sustentáveis da Cedro para transformar a indústria

COSCO Shipping inaugura rota estratégica entre Peru e China

Subway conclui acordo para substituir Coca-Cola por Pepsi nos Estados Unidos