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Steinway muda de dono duas vezes em apenas 40 dias

Após cancelar um acordo com a Kohlberg, tradicional fabricante de pianos aceita ser vendida para a Paulson & Co.


	Piano da Steinway: empresa de 160 anos muda de dono duas vezes em 40 dias
 (Kjethdubns/Wikimedia Commons)

Piano da Steinway: empresa de 160 anos muda de dono duas vezes em 40 dias (Kjethdubns/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 14h02.

São Paulo – A tradicional fabricante de pianos Steinway fechou o segundo acordo para ser vendida em apenas 40 dias. Nesta quarta-feira, a empresa de 160 anos acertou sua venda para a empresa de private equity Paulson & Co por 503 milhões de dólares.

De acordo com o americano The Wall Street Journal, a expectativa é de que o negócio seja concluído até setembro.

No início de julho, a Steinway havia fechado um primeiro acordo de venda com a também private equity Kohlberg & Co. O negócio sairia por 438 milhões de dólares. Agora, a Steinway terá de pagar 6,7 milhões à Kohlberg, como compensação por anular o acordo.

Até que uma oferta os separe

A oferta da Kohlberg foi coberta pela Paulson no que os americanos chamam de período de “go-shop”. Trata-se de um prazo para que os controladores de uma empresa busquem, no mercado, uma oferta melhor de venda do que a que já têm assegurado.

O “go-shop” é um mecanismo incentivado nos Estados Unidos, para que a direção de uma companhia evite processos de acionistas minoritários por eventualmente não realizarem um esforço concreto para buscar o máximo de geração de valor em caso de venda de controle.

Segundo o WSJ, mesmo o acordo com a Paulson também pode não ser concluído. Isto porque ele prevê que a Steinway possa descartá-lo em algumas circunstâncias, em troca de uma oferta mais elevada. As empresas afirmam, porém, que essas cláusulas não caracterizam um novo período de “go-shop”.

De qualquer modo, um argumento razoável que para que Steinway finalmente aceita a proposta de venda da Paulson é a multa rescisória de 13,4 milhões de dólares, que a fabricante de pianos deverá pagar, caso desista.

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