Starbucks muda regras para facilitar a vida de funcionários
Companhia quer melhorar as práticas dos turnos depois que um artigo do New York Times relatou dificuldades de um dos funcionários da rede
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 22h02.
Chicago - A Starbucks está trabalhando para facilitar a vida dos funcionários de suas cafeterias melhorando as práticas dos turnos depois que um artigo do New York Times relatou as dificuldades de um dos funcionários da rede.
A maior rede de cafeterias do mundo modificará imediatamente suas políticas para que os funcionários nunca tenham que trabalhar turnos consecutivos de abertura e fechamento, disse Cliff Burrows, presidente para a região do continente americano, em carta enviada por e-mail hoje a mais de 130.000 funcionários nos EUA.
A Starbucks também vai transferir os funcionários a uma cafeteria mais próxima da residência deles se eles têm que viajar mais de uma hora, disse Burrows.
A Starbucks está mudando as regras e atualizando seu software de turnos devido ao artigo que foi publicado ontem no jornal, que contava as dificuldades de uma barista para lidar com a creche e a escola do filho por causa dos seus horários de trabalho.
A funcionária tinha horários irregulares de trabalho como, por exemplo, até as 23 horas em um dia e a partir das 4 horas da manhã do dia seguinte.
Além disso, ela era informada sobre seu expediente de trabalho com apenas três dias de antecipação. Os horários de trabalho devem ser divulgados com pelo menos uma semana de antecedência, disse Burrows na carta de hoje.
“Cuidar bem dos nossos parceiros é uma responsabilidade muito importante para mim”, disse Burrows. “Somos responsáveis por ajudá-los a equilibrar a vida profissional e a vida pessoal”.
Em junho, a empresa disse que começaria a reembolsar a seus funcionários dos EUA que participassem do programa on-line da Universidade do Estado do Arizona.
Além disso, desde 1991 a Starbucks oferece ações restritas, conhecidas como Bean Stock, aos funcionários de suas cafeterias. A empresa também possui um programa de aposentadoria.
As redes de restaurante foram criticadas recentemente por não darem aos funcionários os benefícios e salários necessários para que eles possam se sustentar.
Funcionários de filiais da McDonald’s Corp., da Wendy’s Co. e da Burger King Worldwide Inc. protestaram em todo os EUA neste ano, reivindicando salários de US$ 15 por hora e o direito de formar um sindicato.
A Starbucks tem cerca de 11.700 cafeterias nos EUA.