Fábrica da Souza Cruz, no RS: produção de fumo (.)
Tatiana Vaz
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - Os desafios da forte concorrência com o mercado ilegal, aliado ao aumento da carga tributária e ao crescente movimento antitabagista não impediram a Souza Cruz de encerrar 2009 com números positivos. Mesmo tendo vendido quase 6 bilhões de cigarros a menos, a empresa faturou mais de 7 bilhões de dólares. Seu lucro cresceu 15%, e a rentabilidade sobre o patrimônio foi de 35,9%.
Graças a esses números, a Souza Cruz destacou-se do ponto de vista financeiro - o que lhe rendeu o prêmio de melhor empresa de bens de consumo de MELHORES E MAIORES de EXAME.
Uma das medidas para melhorar seu desempenho foi aumentar os preços dos produtos em 20% - mais que o aumento médio de 7% da carga tributária sobre os cigarros. A iniciativa compensou a queda nas vendas e sustentou a rentabilidade dos negócios.
Com a forte restrição à propaganda de cigarros, a briga pelos consumidores precisa se dar no ponto de venda. Por isso, manter uma bem estruturada área de logística também foi fundamental. Seus cigarros saem das fábricas da companhia em Uberlândia (MG) e Cachoeirinha (RS) para abastecer 260.000 estabelecimentos de todo o país. Com 35 centros de distribuição e 1.850 veículos na frota própria, a companhia precisa garantir o suprimento em todos os lugares - até no mais remoto empório do interior do Brasil.