Solto por um dia, dono das farmácias Pague Menos deve ser preso de novo
Superior Tribunal de Justiça invalidou liminar concedida na terça-feira à noite; solto, Queirós chegou a escrever para amigos comemorando sua liberdade.
Mariana Desidério
Publicado em 13 de setembro de 2018 às 09h21.
Última atualização em 13 de setembro de 2018 às 10h42.
São Paulo - O fundador e ex-presidente do Conselho de Administração da rede de farmácias Pague Menos , Deusmar Queirós, deve voltar à prisão pouco mais de um dia após ter sido solto.
Em decisão publicada ontem, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer suspendeu os efeitos de uma liminar concedida na noite de terça-feira (11) pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) para libertar o empresário.
Queirós foi condenado em 2010 a nove anos e dois meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro, quando dirigia a Renda Corretora de Valores, entre 2000 e 2006. Ele se entregou à Polícia Federal em Fortaleza (CE) no último sábado (8), após o STJ negar um pedido de Habeas Corpus solicitado por seus advogados. Queirós tem 71 anos.
No entanto, a defesa de Queirós entrou com um novo pedido para que execução provisória da pena fosse suspensa, o que foi atendido pelo TRF5. Segundo os advogados, haveria um erro na pena do empresário. A decisão do TRF5 foi contestada pelo Ministério Público, que acionou o STJ.
Deusmar Queirós chegou a ser solto e enviou uma mensagem de seu celular a um grupo de familiares, amigos e empresários.
“Voltei a fazer o que mais gosto, conviver com a família, amigos e trabalhar, o que faço desde o 8 anos de idade. Estou convencido de que fomos vítimas de um equívoco judicial, mas continuamos acreditando piamente na serenidade das decisões judiciais que estão por vir e principalmente na justiça divina”, diz o texto.
Ele ainda não foi preso novamente.