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Sobrevivência da OGX depende de novo capital

A cotação dos títulos da dívida da OGX no exterior indica que os investidores estão prevendo calote da dívida, segundo analistas financeiros

Eike Batista, CEO do Grupo EBX, fala na cerimônia que marcou o início da operação da OGX, no Rio de Janeiro (REUTERS/Ricardo Moraes)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 10h54.

São Paulo - A sobrevivência da petrolífera OGX , do empresário Eike Batista, poderá depender da venda de ativos do portfólio da companhia ou do exercício da opção da “put” de US$ 1 bilhão, o que significa, na prática, exigir que Eike aumente o capital da companhia.

Se a empresa trilhar esse caminho, poderá ganhar um pouco mais de fôlego para seus compromissos imediatos e afastar, por ora, a desconfiança do mercado. A cotação dos títulos da dívida da OGX no exterior indica que os investidores estão prevendo calote da dívida, segundo analistas financeiros.

Ontem, 1º, a ação da OGX bateu a mínima histórica, caindo mais de 30%, por causa do anúncio do fim da produção dos poços no Campo de Tubarão Azul ao longo de 2014 e a suspensão do desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia.

Além disso, a companhia terá de pagar US$ 449 milhões à OSX por quebra de contrato.

No exterior, a percepção de que a empresa pode renegociar sua dívida se aprofundou com o comunicado da companhia e os bônus de dívida da OGX passaram a valer menos de 20% do valor de face.

Para o Citi, a OGX poderia colocar à venda algumas participações obtidas na 11ª Rodada, como na Bacia do Parnaíba, a participação de 40% da OGX na Santos BS-4 ou mesmo a sua participação remanescente de 60% em Tubarão Martelo.

A OGX adquiriu participação em 13 blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia do Parnaíba durante a 11ª Rodada de Licitações realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em maio.

“A OGX tem outros ativos que podem ser interessantes, porém precisam de recursos para ser desenvolvidos, que neste momento não existem”, afirmou, em relatório, o analista da corretora Planner, Luiz Francisco Caetano.

Ele destaca o fato de ativos que todos esperavam que fossem produtivos, na verdade, serem agora declarados inviáveis. Nesse sentido, o analista diz que “já há algum tempo deixamos de ter indicação para a ação, pela mais absoluta incapacidade de reunir dados confiáveis para realizar projeções”.

O HSBC disse, em nota distribuída as clientes pela filial de Nova York, que “ou Eike Batista executa (pelo menos parte) da opção de ‘put’ de US$ 1 bilhão ou a companhia ficará sem caixa”, informou uma fonte que opera no mercado de dívida. No relatório, o HSBC acrescenta que a saída de três membros independentes do Conselho de Administração da empresa, há dez dias, cria a suspeita de que Eike não quer ou não pode exercer a opção.

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São Paulo - A sobrevivência da petrolífera OGX , do empresário Eike Batista, poderá depender da venda de ativos do portfólio da companhia ou do exercício da opção da “put” de US$ 1 bilhão, o que significa, na prática, exigir que Eike aumente o capital da companhia.

Se a empresa trilhar esse caminho, poderá ganhar um pouco mais de fôlego para seus compromissos imediatos e afastar, por ora, a desconfiança do mercado. A cotação dos títulos da dívida da OGX no exterior indica que os investidores estão prevendo calote da dívida, segundo analistas financeiros.

Ontem, 1º, a ação da OGX bateu a mínima histórica, caindo mais de 30%, por causa do anúncio do fim da produção dos poços no Campo de Tubarão Azul ao longo de 2014 e a suspensão do desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia.

Além disso, a companhia terá de pagar US$ 449 milhões à OSX por quebra de contrato.

No exterior, a percepção de que a empresa pode renegociar sua dívida se aprofundou com o comunicado da companhia e os bônus de dívida da OGX passaram a valer menos de 20% do valor de face.

Para o Citi, a OGX poderia colocar à venda algumas participações obtidas na 11ª Rodada, como na Bacia do Parnaíba, a participação de 40% da OGX na Santos BS-4 ou mesmo a sua participação remanescente de 60% em Tubarão Martelo.

A OGX adquiriu participação em 13 blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia do Parnaíba durante a 11ª Rodada de Licitações realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em maio.

“A OGX tem outros ativos que podem ser interessantes, porém precisam de recursos para ser desenvolvidos, que neste momento não existem”, afirmou, em relatório, o analista da corretora Planner, Luiz Francisco Caetano.

Ele destaca o fato de ativos que todos esperavam que fossem produtivos, na verdade, serem agora declarados inviáveis. Nesse sentido, o analista diz que “já há algum tempo deixamos de ter indicação para a ação, pela mais absoluta incapacidade de reunir dados confiáveis para realizar projeções”.

O HSBC disse, em nota distribuída as clientes pela filial de Nova York, que “ou Eike Batista executa (pelo menos parte) da opção de ‘put’ de US$ 1 bilhão ou a companhia ficará sem caixa”, informou uma fonte que opera no mercado de dívida. No relatório, o HSBC acrescenta que a saída de três membros independentes do Conselho de Administração da empresa, há dez dias, cria a suspeita de que Eike não quer ou não pode exercer a opção.

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