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Só 36% das empresas adotam home office no Brasil, diz estudo

No país, as empresas de tecnologia ainda são as mais abertas ao modelo de jornada flexível - 19,23% do total, segundo a pesquisa


	Home office: das companhias que permitem que os funcionários trabalhem de casa, apenas 42% têm uma política formal
 (Thinkstock)

Home office: das companhias que permitem que os funcionários trabalhem de casa, apenas 42% têm uma política formal (Thinkstock)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 09h38.

São Paulo - Só 36% das empresas adotam a prática do home office no Brasil. É isso o que aponta uma pesquisa realizada com mais de 200 companhias pela SAP Consultoria.

O estudo foi feito no primeiro semestre de 2014, mas só agora teve seus resultados divulgados para a imprensa.

Das organizações que permitem que seus funcionários trabalhem de casa, apenas 42% possuem uma política formal para isso. Outras 9% estão em fase de implantação dessas regulamentações.

No país, as empresas de tecnologia ainda são as mais abertas ao modelo de jornada flexível  19,23% do total. (Veja mais na tabela abaixo).

O home office também parece ser mais comum em companhias com equipes não muito grandes. Daquelas que têm essa iniciativa, 51,29% têm menos de 1.000 funcionários. Já entre as que possuem mais de 10.000 empregados, a fatia cai para 12,82%.

O levantamento também mostra que a prática ainda é recente por aqui. Em 58% das empresas, ela existe há menos de quatro anos.

Por que adotam?

O desejo de promover a flexibilidade no ambiente de trabalho foi o motivo mais comum para as empresas adotarem o home office (69% deram essa justificativa).

Em seguida foram mencionadas a melhoria da qualidade de vida da equipe (67%) e os problemas com o tempo de locomoção até o escritório (45%). A redução de custos ficou com 31%.

Já em relação aos resultados obtidos com a medida, a satisfação dos colaboradores envolvidos foi o principal, citado por 74% das empresas. Além disso, 42% disseram que tiveram ganhos de produtividade e 37% afirmaram que a prática serviu como política de retenção.

Por que não adotam?

Entre as empresas que não oferecem a opção do home office, 83% nunca tiveram a prática, 14% estudam adotá-la e 3% já tiveram, mas desistiram.

As principais explicações para isso são o conservadorismo da direção da companhia (citado por 42%), o tipo de atividade (35%) e os aspectos legais (28%).

Por área

A área de TI é a que mais permite o trabalho remoto, enquanto nas indústrias farmacêutica e têxtil o sistema ainda é pouco usado. 

Veja, a seguir, a distribuição das empresas que adeririam ao home office no Brasil por setor, segundo a pesquisa:

Setor Fatia
TI 19,23%
Pesquisa e desenvolvimento 15,38%
Químico, Petroquímico e Agroquímico 10,26%
Autoindústria 7,69%
Eletroeletrônicos 7,69%
Bens de consumo 7,69%
Metalúrgico 6,41%
Papel e celulose 6,41%
Serviços de suporte e provimento 3,85%
Montadoras 3,85%
Alimentício 2,56%
Agronegócio 2,56%
Automação 1,28%
Energia 1,28%
Financeiro 1,28%
Têxtil 1,28%
Farmacêutivo e veterinário 1,28%
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