Carlos Slim pode comprar Standard Bank no Brasil
O Grupo Financeiro Inbursa está em negociações para comprar a unidade brasileira da Standard Bank Group por cerca de R$ 130 milhões
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 13h36.
São Paulo - O Grupo Financeiro Inbursa SAB, banco controlado pelo bilionário mexicano Carlos Slim , está em negociações para comprar a unidade brasileira da Standard Bank Group Ltd. por cerca de R$ 130 milhões (US$ 59,3 milhões), disseram duas fontes com conhecimento direto das negociações.
Adquirir um banco é o caminho mais fácil para conseguir uma licença e entrar no mercado brasileiro, disse uma das fontes, que pediu anonimato porque as conversas são privadas.
“O Standard Bank Group já anunciou que sua estratégia é reduzir o capital fora do continente africano”, disse ontem a empresa com sede em Joanesburgo em um comunicado por e-mail. “Então, não é estranho que bancos internacionais que querem entrar no Brasil sondem possibilidades com o Standard Bank. Mas o banco não comenta a respeito de rumores do mercado”.
O Banco Standard de Investimentos SA, como a unidade do Brasil é conhecida, tinha R$ 500 milhões em ativos no país até junho, 82 por cento menos que os R$ 2,9 bilhões reportados um ano antes, segundo dados do Banco Central. O capital total caiu 60 por cento, para R$ 130 milhões.
O Inbursa, um banco para negócios e clientes com operações majoritariamente concentradas no México, está fazendo mais investimentos no exterior. Como resultado de sua participação em um empréstimo sindicalizado para a YPF SA, o Inbursa recebeu ações no ano passado depois que a produtora de petróleo argentina se tornou inadimplente.
Slim, 73, o segundo homem mais rico do mundo, possui uma participação majoritária no Inbursa, com sede na Cidade do México, avaliada em US$ 9,67 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Arturo Elias, um porta-voz de Slim, não deu retorno a mensagens por telefone e e-mail.
Metais, derivativos
O Standard Bank, comandado por uma parceria dos CEOs Sim Tshabalala e Ben Kruger, estabeleceu um escritório em São Paulo em 1998 e chegou a empregar mais de 100 pessoas na cidade, segundo o site da empresa. A unidade Brasil teve participação em finanças estruturadas, comércio de metais, finanças de commodity, transações de câmbio e negociação de derivativos.
Em 2011, o Standard começou a diminuir sua estratégia de expansão em mercados emergentes e anunciou a venda de ativos na Rússia, Turquia e Argentina para levantar dinheiro para investimento na África.
Em dezembro concluiu a venda de 80 por cento de sua divisão argentina por US$ 400 milhões para o Industrial Commercial Bank of China Ltd. O ICBC, que possui 20 por cento do Standard, está se expandindo na América Latina. Abriu no Peru e em novembro recebeu autorização para abrir um banco no Brasil um mês depois.
A Goldman Sachs Group Inc. está assessorando o Standard Bank e o Grupo BTG Pactual está trabalhando com o Inbursa, disse a fonte. Michael DuVally, um porta-voz da Goldman Sachs, com sede em Nova York, preferiu não comentar, assim como um funcionário do BTG, com sede em São Paulo, que pediu para não ser identificado em razão de política da empresa.
São Paulo - O Grupo Financeiro Inbursa SAB, banco controlado pelo bilionário mexicano Carlos Slim , está em negociações para comprar a unidade brasileira da Standard Bank Group Ltd. por cerca de R$ 130 milhões (US$ 59,3 milhões), disseram duas fontes com conhecimento direto das negociações.
Adquirir um banco é o caminho mais fácil para conseguir uma licença e entrar no mercado brasileiro, disse uma das fontes, que pediu anonimato porque as conversas são privadas.
“O Standard Bank Group já anunciou que sua estratégia é reduzir o capital fora do continente africano”, disse ontem a empresa com sede em Joanesburgo em um comunicado por e-mail. “Então, não é estranho que bancos internacionais que querem entrar no Brasil sondem possibilidades com o Standard Bank. Mas o banco não comenta a respeito de rumores do mercado”.
O Banco Standard de Investimentos SA, como a unidade do Brasil é conhecida, tinha R$ 500 milhões em ativos no país até junho, 82 por cento menos que os R$ 2,9 bilhões reportados um ano antes, segundo dados do Banco Central. O capital total caiu 60 por cento, para R$ 130 milhões.
O Inbursa, um banco para negócios e clientes com operações majoritariamente concentradas no México, está fazendo mais investimentos no exterior. Como resultado de sua participação em um empréstimo sindicalizado para a YPF SA, o Inbursa recebeu ações no ano passado depois que a produtora de petróleo argentina se tornou inadimplente.
Slim, 73, o segundo homem mais rico do mundo, possui uma participação majoritária no Inbursa, com sede na Cidade do México, avaliada em US$ 9,67 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Arturo Elias, um porta-voz de Slim, não deu retorno a mensagens por telefone e e-mail.
Metais, derivativos
O Standard Bank, comandado por uma parceria dos CEOs Sim Tshabalala e Ben Kruger, estabeleceu um escritório em São Paulo em 1998 e chegou a empregar mais de 100 pessoas na cidade, segundo o site da empresa. A unidade Brasil teve participação em finanças estruturadas, comércio de metais, finanças de commodity, transações de câmbio e negociação de derivativos.
Em 2011, o Standard começou a diminuir sua estratégia de expansão em mercados emergentes e anunciou a venda de ativos na Rússia, Turquia e Argentina para levantar dinheiro para investimento na África.
Em dezembro concluiu a venda de 80 por cento de sua divisão argentina por US$ 400 milhões para o Industrial Commercial Bank of China Ltd. O ICBC, que possui 20 por cento do Standard, está se expandindo na América Latina. Abriu no Peru e em novembro recebeu autorização para abrir um banco no Brasil um mês depois.
A Goldman Sachs Group Inc. está assessorando o Standard Bank e o Grupo BTG Pactual está trabalhando com o Inbursa, disse a fonte. Michael DuVally, um porta-voz da Goldman Sachs, com sede em Nova York, preferiu não comentar, assim como um funcionário do BTG, com sede em São Paulo, que pediu para não ser identificado em razão de política da empresa.