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Com 200 milhões de usuários, Skeelo lança e-commerce de livros e mira receita de R$ 140 mi

Startup fundada há três anos até agora vendia livros para empresas parceiras que, por sua vez, ofereciam as obras para a base de clientes delas — um universo de 200 milhões de brasileiros

Rafael Lunes, fundador da Skeelo: loja virtual para oferecer livros digitais diretamente ao cliente (Germano Lüders/Exame)
LB

Leo Branco

Publicado em 12 de junho de 2022 às 16h55.

Última atualização em 12 de junho de 2022 às 16h57.

Após três anos de operação, a plataforma de livros digitais e audiobooks Skeelo estreou neste mês uma loja virtual.

A novidade vem depois de a startup do ramo editorial sediada em Barueri, na Grande São Paulo, ter angariado uma base invejável de 200 milhões de usuários, só no Brasil, através de outros canais para chegar ao consumidor.

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Fundada pelos empreendedores Rodrigo Meinberg e Rafael Lunes, a Skeelo fechou parcerias comerciais com as quatro principais operadoras de telefonia celular no Brasil para oferecer o app de livros no pacote de serviços oferecidos aos assinantes de planos pós-pagos.

Além disso, mantém parcerias semelhantes com bancos, operadoras de tevê por assinatura e montadoras.

Todo mês os clientes das empresas parceiras recebem, em seus celulares, sugestões de livros e audiobooks. Os interessados nas ofertas devem baixar o app da Skeelo para ler as obras por ali mesmo.

Diferentemente dos concorrentes, que oferecem acesso ilimitado ao catálogo digital de livros, a dupla resolveu focar na curadoria de conteúdo e colocar no ar uma obra por vez.
Caso o leitor não goste da sugestão, tem um prazo para efetuar a troca pelo aplicativo.

As obras com frequência são best-sellers, mas a biblioteca é bem eclética. Na lista estão lançamentos como “Tem que Vigorar”, do ex-BBB Gil do Vigor, a clássicos como “A Divina Comédia”, de Dante Aligheri, e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis.

Agora, a ideia dos empreendedores é colocar o acervo de 60.000 obras à venda diretamente aos clientes em formato de ebook. “O lançamento do nosso modelo de negócio é um passo muito importante e faz parte do plano de expansão do Skeelo em atuar também no mercado B2C ( business to consumer ), tendo contato direto com o consumidor final", diz Lunes, que largou uma carreira como executivo na Claro, Vivo e Brasil Telecom (hoje Oi) para empreender.

Meinberg tem experiência no mercado editorial. No currículo estão funções executivas nas editoras Klick e Gold.

O objetivo da loja virtual é o cliente ter acesso a um leque gigantesco de obras de editoras de grande como Planeta, Companhia das Letras, Record, Buzz, Valentina, Citadel, Gente, IBEP, Alto Astral, todas com algum tipo de parceria para oferta de obras à base de clientes da Skeelo.

A novidade vem num momento de expansão acelerada dos negócios da Skeelo. Em 2021, a startup faturou 83 milhões de reais, quase o triplo do ano passado.

Pelo modelo de negócios da Skeelo, a receita da empresa vem das empresas conveniadas que, por sua vez, podem cobrar dos clientes finais pela oferta do catálogo da Skeelo — o modelo é chamado de B2B2C ( business to business to consumer ).

O salto foi decorrente da pandemia: com mais gente em casa, e conectada pela internet via smartphone, as empresas clientes da Skeelo viram num app de leitura uma oportunidade de agregar valor e, assim, evitar o risco de o negócio virar uma commodity num mundo virado de ponta cabeça por causa da quarentena.

A abertura de uma loja própria, para Lunes, é uma maneira importante de diversificar as fontes de receita. E, dessa maneira, minimizar as perdas com a saída de algum dos parceiros no canal B2B2C.

Por ora, o momento é de comemorar os bons números da Skeelo. No primeiro ano de operação, foram mais de 80 milhões de livros digitais entregues.

Atualmente, o app da Skeelo aparece com frequência entre os cinco mais baixados na categoria de livros na Google Play Store e na Apple Store.

Além disso, é apontado como o terceiro aplicativo com biblioteca virtual mais usada no Brasil para leitura de livros digitais, segundo estudo da Panorama Mobile Time/Opinion Box divulgado em dezembro.

A projeção dos sócios é fechar 2022 com receita de 92 milhões de reais e, com a loja digital ganhando tração, chegar a 140 milhões de reais no ano que vem.

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