Siemens: companhia planeja fazer a recompra de suas próprias ações em até 4 bilhões de euros (Siemens/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2013 às 07h46.
Berlim - A alemã Siemens espera ter algum progresso em sua luta para se recuperar ante rivais mais rentáveis neste ano, com o novo presidente-executivo, Joe Kaeser, deixando sua marca no grupo de engenharia e com cortes de custos começando a dar frutos.
A Siemens, a segunda maior empresa da Alemanha em valor de mercado, informou nesta quinta-feira que espera que o lucro por ação no ano fiscal de 2014 aumente em pelo menos 15 por cento ante os 5,08 euros por papel do último ano, embora as vendas orgânicas permaneçam estáveis em mercados desafiadores.
Mas analistas esperam muito mais que a expectativa conservadora de Kaeser, com uma estimativa média de aumento de 31 por cento nos lucros e alta de 4 por cento na receita, segundo pesquisa da Reuters.
O antecessor de Kaeser, Loescher, já havia lançado um programa de corte de custos de 6 bilhões de euros há um ano, incluindo 15 mil cortes de empregos para diminuir a alta base de custos da empresa e se concentrar em seus negócios mais rentáveis.
Devido principalmente a encargos de 1,3 bilhão de euros relacionados a esse programa, mais alguns encargos de projetos, o lucro operacional anual da Siemens de seus quatro principais negócios --indústria, energia, saúde e infraestrutura e cidades-- caiu 20 por cento para 5,79 bilhões de euros no último ano fiscal.
Como resultado, sua margem de lucro operacional caiu de 9,3 para 7,5 por cento.
O novo presidente-executivo afirmou à Reuters TV que irá apresentar sua estratégia para o grupo de engenharia na próxima primavera do hemisfério Norte, mas não indicou se incluiria mais reestruturações.
A Siemens também disse nesta quinta-feira que planeja fazer a recompra de suas próprias ações em até 4 bilhões de euros.