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Siemens teve de pagar US$ 1,6 bilhão para encerrar caso

Casos de empresas que não são americanas e pagaram propinas em outros países e acabam sendo investigadas nos EUA têm sido cada dia mais comuns

Siemens: empresa teve que promover uma grande mudança nas suas regras para evitar corrupção (Guenter Schiffmann/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 09h39.

São Paulo - Os casos de empresas que não são americanas, pagaram propinas em países distantes dos Estados Unidos e têm sede em outro continente, mas que acabam sendo investigadas pelas autoridades do país têm sido cada dia mais comuns.

Um caso emblemático foi da japonesa Olympus, acusada de promover orgias para médicos brasileiros incentivando-os a comprar seus equipamentos médicos. A empresa acabou com um processo de investigação no departamento de Justiça americano.

Mas um dos casos mais famosos foi o da empresa alemã Siemens, acusada de pagar propinas em diferentes países do mundo e que foi investigada entre os anos de 2007 e 2009.

O diretor de compliance da empresa, Wagner Giovanini, conta que todas as divisões da empresa no mundo foram investigadas, diretores e membros do conselho de administração foram demitidos e o caso terminou em um acordo de US$ 1,6 bilhão.

Mas a empresa não teve apenas que pagar a multa e a investigação como ainda teve que promover uma grande mudança nas suas regras para evitar corrupção.

Hoje, segundo Giovanini, cada pessoa que assina um documento liberando pagamentos para qualquer empresa ou pessoa sabe que terá que responder por aquela assinatura.

Foram estas mudanças nas regras internas da empresa que acabaram desencadeando outro processo, o do caso do cartel do Metrô em São Paulo.

Segundo Giovanini, um funcionário fez uma denúncia sobre um esquema que não envolvia o metrô, mas quando a empresa foi investigar o caso denunciado acabou se deparando com indícios de que havia irregularidades no caso da licitação paulista.

Após dois anos de investigação sem chegar a provas concretas, a empresa decidiu encaminhar os indícios que tinha ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), assinando um acordo de leniência.

A partir disso o caso começou a ser investigado pelas autoridades brasileiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Os casos de empresas que não são americanas, pagaram propinas em países distantes dos Estados Unidos e têm sede em outro continente, mas que acabam sendo investigadas pelas autoridades do país têm sido cada dia mais comuns.

Um caso emblemático foi da japonesa Olympus, acusada de promover orgias para médicos brasileiros incentivando-os a comprar seus equipamentos médicos. A empresa acabou com um processo de investigação no departamento de Justiça americano.

Mas um dos casos mais famosos foi o da empresa alemã Siemens, acusada de pagar propinas em diferentes países do mundo e que foi investigada entre os anos de 2007 e 2009.

O diretor de compliance da empresa, Wagner Giovanini, conta que todas as divisões da empresa no mundo foram investigadas, diretores e membros do conselho de administração foram demitidos e o caso terminou em um acordo de US$ 1,6 bilhão.

Mas a empresa não teve apenas que pagar a multa e a investigação como ainda teve que promover uma grande mudança nas suas regras para evitar corrupção.

Hoje, segundo Giovanini, cada pessoa que assina um documento liberando pagamentos para qualquer empresa ou pessoa sabe que terá que responder por aquela assinatura.

Foram estas mudanças nas regras internas da empresa que acabaram desencadeando outro processo, o do caso do cartel do Metrô em São Paulo.

Segundo Giovanini, um funcionário fez uma denúncia sobre um esquema que não envolvia o metrô, mas quando a empresa foi investigar o caso denunciado acabou se deparando com indícios de que havia irregularidades no caso da licitação paulista.

Após dois anos de investigação sem chegar a provas concretas, a empresa decidiu encaminhar os indícios que tinha ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), assinando um acordo de leniência.

A partir disso o caso começou a ser investigado pelas autoridades brasileiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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