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Siemens é investigada por subornar hospitais na China

Agência chinesa acusou a Siemens de doar equipamentos médicos em troca de acordos de exclusividade para a compra de reagentes químicos.

Siemens (Guenter Schiffmann/Bloomberg)

Siemens (Guenter Schiffmann/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2015 às 11h36.

Xangai - Uma agência reguladora chinesa investigou a Siemens AG no ano passado para saber se a unidade de saúde do grupo alemão e seus agentes teriam subornado hospitais para que eles comprassem caros produtos descartáveis utilizados em alguns equipamentos médicos, disseram três pessoas com conhecimento da investigação à Reuters.

A investigação, que não havia sido divulgada anteriormente, segue uma onda ampla de sondagens sobre a indústria farmacêutica na China. No ano passado a GlaxoSmithKline PIc foi multada em cerca de 500 milhões de dólares por ter subornado autoridades para impulsionar suas vendas de medicações.

A agência chinesa de Administração da Indústria e do Comércio (SAIC) acusou a Siemens e seus agentes de terem violado a lei de competições ao doar equipamentos médicos em troca de acordos de exclusividade para a compra de reagentes químicos necessários para a operação das máquinas da Siemens, informaram as fontes.  A Reuters não conseguiu determinar se a Siemens havia negado as acusações ou se alguma ação havia sido tomada contra a companhia ou os negociadores.

Um porta-voz da Siemens na Alemanha disse que "não estava ciente" da investigação e se negou a comentar questões específicas sobre a investigação. A SAIC se negou a comentar o assunto.  Advogados chineses disseram que não é incomum que agências reguladoras conduzam investigações a portas fechadas para então negociar acordos.

A investigação da Siemens, que envolve cerca de mil hospitais, pode significar mais inspeções a outros fabricantes de equipamentos médicos, disse uma das fontes. Ela acontece em meio a um movimento do governo de Pequim para que os hospitais utilizem mais equipamentos fabricados na China, reduzindo a dependência do país em importações, que representam três quartos de um mercado de cerca de 34 bilhões de dólares.

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