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Siderúrgicas chinesas querem navios da Vale em portos do país

Segundo essas empresas, a presença dos cargueiros reduziria os custos de transporte

A Vale, que controla cerca de 26% do comércio transoceânico de minério, está gastando mais de US$ 8 bilhões para usar grandes cargueiros entre o Brasil e a Ásia (Biaman Prado/Reuters)

A Vale, que controla cerca de 26% do comércio transoceânico de minério, está gastando mais de US$ 8 bilhões para usar grandes cargueiros entre o Brasil e a Ásia (Biaman Prado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 11h40.

Xangai - As siderúrgicas da China, maiores compradores mundiais de minério de ferro, são favoráveis a que os grandes cargueiros da Vale SA recebam autorização do governo para atracar nos portos do país, já que isso reduziria os custos de transporte.

“Os cargueiros vão beneficiar as siderúrgicas que passarão a ter custos menores do que aquelas que utilizam embarcações menores”, disse Zhang Changfu, secretário-geral da associação de aço e minério da China, hoje em entrevista em Pequim. “Se o governo pedir nossa opinião, vou dizer isso. Até agora, o governo não tomou uma decisão.”

A Vale, que controla cerca de 26 por cento do comércio transoceânico de minério, está gastando mais de US$ 8 bilhões para usar grandes cargueiros entre o Brasil e a Ásia. Os navios chamados de Valemax devem reduzir os custos e permitir à empresa sediada no Rio de Janeiro a competir com as exportadoras australianas de minério.

Carolyn Tang, representante de relações públicas da Vale na China, recusou-se a comentar quando procurada pela Bloomberg News.

A Vale tenta obter permissões para que seus navios sejam atracados nos portos da China, disse José Carlos Martins, diretor executivo de ferrosos e estratégia da empresa, a jornalistas em 7 de dezembro em Londres. Donos de navios menores chineses se opuseram, dizendo que o plano da Vale vai piorar o excesso de capacidade e causar prejuízos maiores ao setor.

A Rio Tinto Group, a BHP Billiton Ltd. e a Vale assinaram acordos separados no mês passado para vender parte de seu minério por meio da plataforma chinesa de negociação à vista, que estreou hoje. A plataforma vai fortalecer a habilidade de negociação das siderúrgicas e elevar a transparência, de acordo com a China Beijing International Mining Exchange, que desenvolveu a plataforma online em conjunto com a associação.

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