Setor agropecuário pede renegociação de dívidas
Brasília - Parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e representantes do setor agropecuário estão reunidos com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para discutir a renegociação de dívidas dos produtores rurais. Segundo o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que fez o pedido da audiência, as exigências feitas pelos bancos impedem que grande […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e representantes do setor agropecuário estão reunidos com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para discutir a renegociação de dívidas dos produtores rurais. Segundo o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que fez o pedido da audiência, as exigências feitas pelos bancos impedem que grande parte dos produtores acesse esses recursos atualmente, por ainda estarem pagando outros financiamentos.
"Dos R$ 93 bilhões disponibilizados nesta safra, apenas R$ 63 bilhões tinham sido aplicados até o final de abril. Para a próxima safra, o volume não acessado pode ser ainda maior se nada for feito", afirmou Heinze. No Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, lançado ontem (8), pelo governo, estão previstos R$ 100 bilhões em financiamentos públicos para a agricultura empresarial.
Além da renegociação das dívidas de custeio, o setor está reforçando o pedido para que o ministro defenda o aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) para as importações de trigo e de arroz de países de fora do Mercosul, de 10% para 30%, no mínimo. Para o setor, a medida é necessária para não desestimular o plantio desses alimentos, básicos à alimentação, por parte dos produtores brasileiros.
Na reunião, estão vários parlamentares e representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra)