Sem decisão judicial, morte no Hopi Hari completa 1 ano
Faz um ano neste domingo que a jovem Gabriella Nichimura, de 14 anos, morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Campinas - Neste domingo (24), faz um ano que a jovem Gabriella Nichimura, de 14 anos, morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel, no Hopi Hari , em Vinhedo (SP), vítima de "uma sucessão de erros", supostamente cometidos por 12 acusados - entre eles o presidente do parque -, que seguem sem julgamento.
Morando no Japão, a família da jovem está indignada com a demora da Justiça brasileira, diz o advogado da família, Ademar Gomes. "A família é vítima duas vezes, porque além de perder uma filha tragicamente, é vítima de um Judiciário sem estrutura", afirmou Gomes, que atualiza o casal sobre os trâmites dos processos criminal e cível.
A menina caiu de uma altura de 25 metros, depois que a trava da cadeira ocupada por ela no brinquedo abriu. Posteriormente, descobriu-se que a cadeira estava desativada há anos. O juiz da 1.ª Vara de Vinhedo, Fábio Marcelo Holanda, aceitou em maio do ano passado a denúncia do Ministério Público contra 12 pessoas, incluindo o presidente do Hopi Hari, Armando Pereira Filho, acusados por homicídio culposo (sem intenção de matar).
"Eles (a família) moram num país de primeiro mundo, onde a Justiça é rápida. Não entendem por que a Justiça é morosa aqui", explica o advogado da família. Segundo Gomes, o pai e mãe estão indignados e constrangidos com a aproximação dessa data e a falta de solução nos processos.
Em uma rede social, a mãe Silmara Nichimura, que por meio de seu advogado, disse não querer dar entrevistas, escreveu sobre a morte da filha e a data. "Nossa. Realmente não sabia que saudade doía tanto. Logo fará um ano que estou sem a minha menina linda."
Gabriella morava com os pais no Japão, onde nasceu. Na casa, a mãe manteve o quarto com a mesma decoração até hoje. Quem tem notícias de Silmara, conta que elas são sempre recheadas de saudade da filha ausente.
Acusação
O promotor Rogério Sanches acusa os réus de serem "omissos ao deixar de tomar os cuidados que impediriam a utilização de uma cadeira do brinquedo que estava havia dez anos desativada". Segundo ele, o processo é demorado porque envolve muitos acusados.
Na área cível, a família também moveu uma ação contra o parque. O pedido de indenização de R$ 4,6 milhões por danos morais e dois salários mínimos para cada um dos pais, retroativo da data do acidente até o dia em que Gabriela completaria 25 anos, em 2022, por danos materiais, ainda segue sem citações, segundo o advogado.
Nesta sexta-feira, o Hopi Hari, informou por meio de sua assessoria de imprensa que homologou um acordo com a família, mas não divulgou seu teor. O advogado da família, Ademar Gomes, disse que eles só se manifestariam na quinta-feira (28) da próxima semana.
Campinas - Neste domingo (24), faz um ano que a jovem Gabriella Nichimura, de 14 anos, morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel, no Hopi Hari , em Vinhedo (SP), vítima de "uma sucessão de erros", supostamente cometidos por 12 acusados - entre eles o presidente do parque -, que seguem sem julgamento.
Morando no Japão, a família da jovem está indignada com a demora da Justiça brasileira, diz o advogado da família, Ademar Gomes. "A família é vítima duas vezes, porque além de perder uma filha tragicamente, é vítima de um Judiciário sem estrutura", afirmou Gomes, que atualiza o casal sobre os trâmites dos processos criminal e cível.
A menina caiu de uma altura de 25 metros, depois que a trava da cadeira ocupada por ela no brinquedo abriu. Posteriormente, descobriu-se que a cadeira estava desativada há anos. O juiz da 1.ª Vara de Vinhedo, Fábio Marcelo Holanda, aceitou em maio do ano passado a denúncia do Ministério Público contra 12 pessoas, incluindo o presidente do Hopi Hari, Armando Pereira Filho, acusados por homicídio culposo (sem intenção de matar).
"Eles (a família) moram num país de primeiro mundo, onde a Justiça é rápida. Não entendem por que a Justiça é morosa aqui", explica o advogado da família. Segundo Gomes, o pai e mãe estão indignados e constrangidos com a aproximação dessa data e a falta de solução nos processos.
Em uma rede social, a mãe Silmara Nichimura, que por meio de seu advogado, disse não querer dar entrevistas, escreveu sobre a morte da filha e a data. "Nossa. Realmente não sabia que saudade doía tanto. Logo fará um ano que estou sem a minha menina linda."
Gabriella morava com os pais no Japão, onde nasceu. Na casa, a mãe manteve o quarto com a mesma decoração até hoje. Quem tem notícias de Silmara, conta que elas são sempre recheadas de saudade da filha ausente.
Acusação
O promotor Rogério Sanches acusa os réus de serem "omissos ao deixar de tomar os cuidados que impediriam a utilização de uma cadeira do brinquedo que estava havia dez anos desativada". Segundo ele, o processo é demorado porque envolve muitos acusados.
Na área cível, a família também moveu uma ação contra o parque. O pedido de indenização de R$ 4,6 milhões por danos morais e dois salários mínimos para cada um dos pais, retroativo da data do acidente até o dia em que Gabriela completaria 25 anos, em 2022, por danos materiais, ainda segue sem citações, segundo o advogado.
Nesta sexta-feira, o Hopi Hari, informou por meio de sua assessoria de imprensa que homologou um acordo com a família, mas não divulgou seu teor. O advogado da família, Ademar Gomes, disse que eles só se manifestariam na quinta-feira (28) da próxima semana.