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Santander terá 60% de joint venture para consignado

Santander investirá 460 milhões de reais num esforço para acelerar e melhorar a qualidade de suas operações de crédito

Santander: crescer de forma não orgânica foi forma encontrada pelo banco para reforçar carteira de empréstimos (foto/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 10h04.

São Paulo - O Santander Brasil vai investir 460 milhões de reais para ter 60 por cento de uma joint venture com o Banco Bonsucesso em crédito consignado, num esforço para acelerar e melhorar a qualidade de suas operações de crédito.

O movimento vem num momento de desaceleração dos financiamentos do banco, diante de um cenário de aumento dos custos de captação e de piora nos níveis de inadimplência.

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A parceira anunciada nesta quinta-feira será a fornecedora exclusiva de crédito com desconto em folha de pagamento do Santander Brasil fora das agências. O Bonsucesso terá 40 por cento do negócio.

"Esta operação é uma continuidade da estratégia do Santander Brasil em crescer em crédito consignado", afirmou o banco no fato relevante em que informou a operação.

Crescer de forma não orgânica foi uma forma encontrada pelo Santander para reforçar sua carteira de empréstimos, que avançou apenas 3,8 por cento no período de 12 meses encerrado em junho, a 226,3 bilhões de reais, conforme dados divulgados pelo banco também nesta manhã.

O segmento de financiamento ao consumo, justamente o que origina negócios fora das agências, teve retração de 0,5 por cento em 12 meses, sendo um destaque negativo no período. O crédito interno para pessoa física cresceu 5 por cento na base anual, para 75,9 bilhões.

Os financiamentos para pequenas e médias empresas, outro nicho em que o banco tem manifestado interesse em se firmar, tombaram 12,1 por cento na comparação anual. A maior expansão foi na linha de grandes empresas, de 12,5 por cento, a 82,3 bilhões de reais.

A carteira ampliada, que inclui instrumentos como debêntures, subiu 4,9 por cento, somando 279,7 bilhões de reais.

Não bastasse o fraco crescimento, o Santander Brasil ainda viu piorar pelo segundo trimestre seguido a qualidade de sua carteira, com o índice de inadimplência acima de 90 dias chegando a 4,1 por cento, ante 3,8 por cento no trimestre anterior.

Assim, as provisões para perdas com inadimplência subiram 4,5 por cento na base sequencial, para 2,45 bilhões de reais.

Em outra frente, o banco, que anunciou em abril uma oferta pública de sua matriz para compra das ações da unidade brasileira e deslistagem do nível 2 da Bovespa, viu uma queda de 9 por cento na margem financeira líquida ante o trimestre anterior, num momento de aumento dos custos de captação.

Influenciada por um evento não recorrente na virada do ano, quando o banco anunciou redução do capital por meio de uma emissão de dívida subordinada, a rentabilidade sobre patrimônio líquido recorrente do Santander Brasil subiu 0,7 ponto percentual na comparação anual, para 11,6 por cento.

No segundo trimestre, o lucro líquido do Santander somou 527,5 milhões de reais. Em bases recorrentes, o lucro do maior banco estrangeiro no país foi de 1,437 bilhão de reais, ante previsão média de analistas de 1,28 bilhão.

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