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Riachuelo: consumo e o novo governo

As varejistas brasileiras de moda acostumaram-se a dar notícias duras a seus investidores nos últimos trimestres. O cenário é dos mais difíceis. Em março, no último dado disponível, o consumo caiu 10% na comparação anual. A queda tem relação, obviamente, com desemprego, inflação, inadimplência, e também com um efeito psicológico. “Pessimistas compram menos”, diz Renato […]

VAREJO: por causa recessão, varejo de vestuário encolheu 10% em março / André Lessa/EXAME.com (André Lessa/Site Exame)

VAREJO: por causa recessão, varejo de vestuário encolheu 10% em março / André Lessa/EXAME.com (André Lessa/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2016 às 05h17.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h03.

As varejistas brasileiras de moda acostumaram-se a dar notícias duras a seus investidores nos últimos trimestres. O cenário é dos mais difíceis. Em março, no último dado disponível, o consumo caiu 10% na comparação anual. A queda tem relação, obviamente, com desemprego, inflação, inadimplência, e também com um efeito psicológico. “Pessimistas compram menos”, diz Renato Meirelles, fundador da consultoria Data Popular.

É improvável que o governo de Michel Temer consiga alguma mudança concreta na economia nas próximas semanas. Mas a simples possibilidade de sua chegada já mudou o ânimo dos investidores nos últimos meses. Nesta sexta-feira, teremos uma chance de descobrir se a mudança de ares já fez com que os brasileiros voltassem a comprar roupas.

O grupo têxtil Guararapes, que controla a rede de lojas Riachuelo, divulgou os resultados do primeiro trimestre deste ano. Em 2015, o início de ano ainda foi bom. Nos primeiros três meses, os lucros cresceram 19%, para 85 milhões de reais — e as vendas aumentaram 23%. Mas, no acumulado do ano, o lucro caiu 27%, para 350 milhões de reais. E nesta sexta-feira 13?

Para fechar 2016 em melhor forma, além de contar com a mudança de ares do novo governo, a Riachuelo precisa mostrar que os problemas operacionais ficaram para trás. A empresa tem encontrado dificuldades com um novo centro de distribuição, que atrasou cinco meses e só ficou pronto em abril. Para 2016, a Guararapes ainda espera lucrar com a implantação de uma logística mais ágil — as roupas passarão a ser fabricadas conforme vão sumindo das araras. Para que isso traga bons resultados, claro, é importante que elas de fato sumam das araras.

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