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Revisão de preços na Petrobras não foi política, diz Parente

Ele disse ter informado a Temer que uma política de preços estava sendo elaborada, mas que não foi indicado se os preços deveriam cair ou aumentar e em quanto

Pedro Parente: "Não entendo que possa ser visto que tenha outro objetivo que não os interesses da empresa" (Adriano Machado/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 12h26.

Rio - As motivações para a revisão dos preços dos combustíveis foram empresariais, reforçou o presidente da estatal, Pedro Parente, que afastou qualquer interferência política na decisão.

Ele disse ter informado ao presidente da República, Michel Temer , que uma política de preços estava sendo elaborada, mas que não foi indicado ao governo se os preços deveriam cair ou aumentar e em quanto.

A expectativa é que a divulgação de um relatório a cada 60 dias com avaliações da política de preços vai ajudar a tornar o processo transparente ao mercado. Os preços serão avaliados mensalmente por um comitê, batizado de Grupo Executivo de Mercado e Preços.

"Não entendo que possa ser visto que tenha outro objetivo (a queda dos preços anunciada nesta sexta) que não os interesses da empresa. A confiança (do mercado) virá com a prática consistente, ao longo do tempo", afirmou o presidente da estatal.

Ele descartou a adoção de fórmulas paramétricas, que permitiriam ao mercado prever os preços praticados pela companhia. "(Adotar uma) Fórmula paramétrica e determinística não é a melhor maneira da empresa operar. O mercado é dinâmico", argumentou.

Redução prevista

O diretor Financeiro da Petrobras , Ivan Monteiro, afirmou que a redução dos preços dos combustíveis, anunciada nesta sexta, já estava prevista quando a empresa elaborou o plano de investimento para o período de 2017 a 2021. Por isso, todos os investimentos foram projetados considerando uma queda de receita na comercialização, que seria compensada por ganhos em participação de mercado, já que a empresa sofre hoje a concorrência de importadores, e também por ganhos com o aumento da utilização da capacidade das refinarias e da infraestrutura logística.

Por fim, a receita total da empresa deve subir, segundo a explicação da diretoria. A meta de alavancagem de até 2,5 vezes em 2018 está mantida, destacou Monteiro.

Na avaliação do diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, a redução dos preços traz bons resultados para a companhia e vai ajudá-la a atrair investidores para a área de abastecimento. A Petrobras quer formar parcerias para operar as suas refinarias e ainda incluiu a sua rede de dutos no seu plano de desinvestimentos.

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Rio - As motivações para a revisão dos preços dos combustíveis foram empresariais, reforçou o presidente da estatal, Pedro Parente, que afastou qualquer interferência política na decisão.

Ele disse ter informado ao presidente da República, Michel Temer , que uma política de preços estava sendo elaborada, mas que não foi indicado ao governo se os preços deveriam cair ou aumentar e em quanto.

A expectativa é que a divulgação de um relatório a cada 60 dias com avaliações da política de preços vai ajudar a tornar o processo transparente ao mercado. Os preços serão avaliados mensalmente por um comitê, batizado de Grupo Executivo de Mercado e Preços.

"Não entendo que possa ser visto que tenha outro objetivo (a queda dos preços anunciada nesta sexta) que não os interesses da empresa. A confiança (do mercado) virá com a prática consistente, ao longo do tempo", afirmou o presidente da estatal.

Ele descartou a adoção de fórmulas paramétricas, que permitiriam ao mercado prever os preços praticados pela companhia. "(Adotar uma) Fórmula paramétrica e determinística não é a melhor maneira da empresa operar. O mercado é dinâmico", argumentou.

Redução prevista

O diretor Financeiro da Petrobras , Ivan Monteiro, afirmou que a redução dos preços dos combustíveis, anunciada nesta sexta, já estava prevista quando a empresa elaborou o plano de investimento para o período de 2017 a 2021. Por isso, todos os investimentos foram projetados considerando uma queda de receita na comercialização, que seria compensada por ganhos em participação de mercado, já que a empresa sofre hoje a concorrência de importadores, e também por ganhos com o aumento da utilização da capacidade das refinarias e da infraestrutura logística.

Por fim, a receita total da empresa deve subir, segundo a explicação da diretoria. A meta de alavancagem de até 2,5 vezes em 2018 está mantida, destacou Monteiro.

Na avaliação do diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, a redução dos preços traz bons resultados para a companhia e vai ajudá-la a atrair investidores para a área de abastecimento. A Petrobras quer formar parcerias para operar as suas refinarias e ainda incluiu a sua rede de dutos no seu plano de desinvestimentos.

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