Resseguradora da Allianz diversifica no Brasil e prevê lucro
Companhia quer alcançar lucratividade já em 2015, apesar de atrasos em importantes projetos de logística do país como ferrovias e portos
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 18h40.
São Paulo - A unidade de resseguros da Allianz na América Latina está ampliando sua atuação em mercados de nicho no Brasil, dentro do plano de crescer e alcançar lucratividade já em 2015, apesar de atrasos em importantes projetos de logística do país como ferrovias e portos.
Grandes obras de infraestrutura são uma das mais importantes fontes de receita para as resseguradoras em todo o mundo.
Nos últimos anos, o Brasil ganhou a atenção de importantes empresas do setor, não apenas pelo ambicioso plano do governo federal de atrair centenas de bilhões de reais em investimentos na logística, mas pela abertura do mercado de resseguros, que era monopólio da estatal IRB.
No caso da Allianz, essa combinação foi uma oportunidade para a companhia alemã, que vem progressivamente diversificando suas atividades geograficamente, para depender menos de mercados maduros, como os da Europa.
No entanto, várias das obras de mobilidade urbana no Brasil estão atrasadas, assim como outras do pacote de concessões de portos e ferrovias.
Na semana passada, a Reuters publicou que o governo federal anuncia até dezembro medidas para tentar destravar os investimentos no setor.
"Já enfrentamos cenário adverso em infraestrutura em outros países", disse nesta segunda-feira à Reuters o membro do conselho e executivo mundial de Subscrição da Allianz Global Corporate & Specialty Re (AGCS), Hartmut Mai.
"Não deixamos de crescer por causa disso." De todo modo, o plano da AGCS na América Latina é de que seus prêmios possam mais que triplicar neste ano, para 400 milhões de dólares.
O Brasil representa cerca de 75 por cento das operações da companhia na região, com o restante dividido entre países como Colômbia, Peru, Bolívia, Equador e Argentina.
No ano passado, a receita de prêmios da resseguradora foi de cerca de 115 milhões de dólares, dos quais 98 por cento por negócios no Brasil. Os prêmios de toda a indústria no país subiram 36,5 por cento no ano passado, para 4,8 bilhões de reais.
Atualmente, a empresa é a quarta maior em resseguros no Brasil, segundo o vice-presidente da AGCS para América Latina, Guillerme Perondi. A empresa não divulgou dados sobre o resultado final de suas operações na região em 2013.
Apesar do continuado ciclo de baixo crescimento econômico brasileiro, o plano de crescimento da companhia no país segue intacto de forma geral.
"É um problema conjuntural, mas eu não estou pessimista", disse Mai. "Comparativamente, há mercados emergentes com problemas mais sérios, como os geopolíticos na Rússia."
Além de segmentos mais tradicionais, como responsabilidade civil de administradores (D&O, na sigla em inglês), engenharia, danos patrimoniais e transportes, a companhia vem ampliando as atividades de consultoria especializada, para ajudar grandes empresas a reduzir gastos com contratação de seguros.
"Há muita inovação no mercado de resseguros no Brasil, que ainda está só no começo, e vamos acompanhar isso", disse Mai.
Segundo os executivos, assim como em D&O, setor que era novidade no país poucos anos atrás e agora já tem um mercado de mais de cinco mil empresas, outros produtos tendem a ganhar força, à medida que o mercado segurador amadurece.
Uma das apostas da AGCS a partir de 2015 serão produtos ligados à proteção contra ataques cibernéticos, mercado que só nos Estados Unidos movimenta cerca de 1,6 bilhão de dólares.
"Os riscos cibernéticos são crescentes e podem atingir empresas de uma infinidade de setores, desde bancos e operadoras de telecomunicações a empresas prestadoras de serviços públicos", disse Mai.
São Paulo - A unidade de resseguros da Allianz na América Latina está ampliando sua atuação em mercados de nicho no Brasil, dentro do plano de crescer e alcançar lucratividade já em 2015, apesar de atrasos em importantes projetos de logística do país como ferrovias e portos.
Grandes obras de infraestrutura são uma das mais importantes fontes de receita para as resseguradoras em todo o mundo.
Nos últimos anos, o Brasil ganhou a atenção de importantes empresas do setor, não apenas pelo ambicioso plano do governo federal de atrair centenas de bilhões de reais em investimentos na logística, mas pela abertura do mercado de resseguros, que era monopólio da estatal IRB.
No caso da Allianz, essa combinação foi uma oportunidade para a companhia alemã, que vem progressivamente diversificando suas atividades geograficamente, para depender menos de mercados maduros, como os da Europa.
No entanto, várias das obras de mobilidade urbana no Brasil estão atrasadas, assim como outras do pacote de concessões de portos e ferrovias.
Na semana passada, a Reuters publicou que o governo federal anuncia até dezembro medidas para tentar destravar os investimentos no setor.
"Já enfrentamos cenário adverso em infraestrutura em outros países", disse nesta segunda-feira à Reuters o membro do conselho e executivo mundial de Subscrição da Allianz Global Corporate & Specialty Re (AGCS), Hartmut Mai.
"Não deixamos de crescer por causa disso." De todo modo, o plano da AGCS na América Latina é de que seus prêmios possam mais que triplicar neste ano, para 400 milhões de dólares.
O Brasil representa cerca de 75 por cento das operações da companhia na região, com o restante dividido entre países como Colômbia, Peru, Bolívia, Equador e Argentina.
No ano passado, a receita de prêmios da resseguradora foi de cerca de 115 milhões de dólares, dos quais 98 por cento por negócios no Brasil. Os prêmios de toda a indústria no país subiram 36,5 por cento no ano passado, para 4,8 bilhões de reais.
Atualmente, a empresa é a quarta maior em resseguros no Brasil, segundo o vice-presidente da AGCS para América Latina, Guillerme Perondi. A empresa não divulgou dados sobre o resultado final de suas operações na região em 2013.
Apesar do continuado ciclo de baixo crescimento econômico brasileiro, o plano de crescimento da companhia no país segue intacto de forma geral.
"É um problema conjuntural, mas eu não estou pessimista", disse Mai. "Comparativamente, há mercados emergentes com problemas mais sérios, como os geopolíticos na Rússia."
Além de segmentos mais tradicionais, como responsabilidade civil de administradores (D&O, na sigla em inglês), engenharia, danos patrimoniais e transportes, a companhia vem ampliando as atividades de consultoria especializada, para ajudar grandes empresas a reduzir gastos com contratação de seguros.
"Há muita inovação no mercado de resseguros no Brasil, que ainda está só no começo, e vamos acompanhar isso", disse Mai.
Segundo os executivos, assim como em D&O, setor que era novidade no país poucos anos atrás e agora já tem um mercado de mais de cinco mil empresas, outros produtos tendem a ganhar força, à medida que o mercado segurador amadurece.
Uma das apostas da AGCS a partir de 2015 serão produtos ligados à proteção contra ataques cibernéticos, mercado que só nos Estados Unidos movimenta cerca de 1,6 bilhão de dólares.
"Os riscos cibernéticos são crescentes e podem atingir empresas de uma infinidade de setores, desde bancos e operadoras de telecomunicações a empresas prestadoras de serviços públicos", disse Mai.