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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
As negociações que podem criar uma aliança entre General Motors (GM), Renault e Nissan seguem em ritmo mais lento do que o desejado pela montadora francesa. O vice-presidente executivo da Renault, Patrick Pelata, afirmou que a GM não parece ter urgência em combater o avanço global da Toyota, e disse ter avisado ao diretor financeiro da parceira, Fritz Henderson, que ele deve cuidar dos índices de performance para que a "situação não piore" no confronto com a japonesa.
Um porta-voz da montadora americana afirmou que a GM reconhece o desafio oferecido pela Toyota e tem ganhado a competição com a japonesa em mercados como o chinês.
Os comentários de Pelata, da Renault, são o mais recente sinal de que Carlos Ghosn e seus parceiros nas negociações estão frustados pela aparente falta de entusiasmo da GM em formar uma aliança ampla - o que, na visão da Renault, incluiria uma troca de ativos entre as companhias. "Eu disse a eles que as sinergias existirão se houver vontade e o reconhecimento de que não são os melhores em performance", afirmou o executivo.
Segundo Pelata, os executivos da GM têm manifestado ceticismo quanto aos benefícios que uma aliança traria, já que acordos anteriores da americana com a italiana Fiat e a japonesa Subaru não trouxeram bons resultados. O possível acordo tríplice voltará a ser discutido nesta quarta-feira (27/9), em um encontro entre Carlos Ghosn e o presidente da GM, Rick Wagoner, em Paris.