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Reforma da HP cambaleia enquanto CEO elimina mais empregos

Meg Whitman continua tendo dificuldades para recuperar a empresa, que está eliminando mais empregos após 11 trimestres de declínio


	Computadores da Hewlett-Packard (HP): receita líquida no segundo trimestre fiscal subiu 18 por cento para US$ 1,27 bilhões, ou US$ 0,66 por ação
 (George Frey/Bloomberg)

Computadores da Hewlett-Packard (HP): receita líquida no segundo trimestre fiscal subiu 18 por cento para US$ 1,27 bilhões, ou US$ 0,66 por ação (George Frey/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 23h35.

San Francisco - A CEO de Hewlett-Packard, Meg Whitman, que continua tendo dificuldades para recuperar a empresa, está eliminando mais empregos após 11 trimestres consecutivos de declínio nas vendas.

Os consumidores estão comprando menos computadores pessoais e impressoras à medida que adotam smartphones e tablets, e as empresas optam por usarem mais software mediante a internet ou por construírem suas próprias máquinas.

Embora Whitman tenha estabilizado a Hewlett-Packard após anos de reviravoltas na gestão e as ações tenham subido 39 por cento desde que ela assumiu a chefia em 2011, a empresa está enfrentando o terceiro recuo consecutivo da receita anual.

Ela sustentará os lucros eliminando até 16.000 empregos além das 34.000 demissões já anunciadas.

“A redução da força de trabalho sugere que o ambiente da demanda continua sendo desafiador”, disse Bill Kreher, analista da Edward Jones Co. que recomenda conservar as ações.

“A companhia ainda está em alguns negócios muito desafiadores. Ela precisa dar o tamanho certo ao negócio”.

Excluindo alguns custos, os lucros no período encerrado em 30 de abril foram de US$ 0,88 por ação, e a receita caiu 1 por cento para US$ 27,3 bilhões, disse ontem, em um comunicado, a empresa com sede em Palo Alto.

Analistas tinham previsto em média um lucro de US$ 0,88 por ação e vendas por US$ 27,4 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

As ações da Hewlett-Packard subiram 5,5 por cento apara US$ 33,54 as 11h46 em Nova York, o maior aumento intradiário desde 27 de novembro. Elas subiram 14 por cento até ontem este ano, frente a um ganho de 2,4 por cento do índice Standard Poor’s 500.

Procurando o crescimento

A receita líquida no segundo trimestre fiscal subiu 18 por cento para US$ 1,27 bilhões, ou US$ 0,66 por ação, de US$ 1,08 bilhões, ou US$ 0,55 por ação, um ano atrás.

“Queremos nos converter em uma companhia de crescimento – este é o segundo trimestre com receita basicamente estável”, disse Whitman ontem em uma entrevista.

“Ainda que possa ser dito que esse fato não é muito entusiasmante, é bem mais animador do que os declínios históricos que tivemos nos últimos oito trimestres. O fato de estarmos estabilizando a receita é encorajador e nos posiciona bem para o futuro”.

A eliminação de empregos anunciada ontem não reflete uma piora da demanda pelos produtos da empresa, disse a CEO em uma teleconferência. Whitman disse que ela não antecipa que haja necessidade de mais eliminações. A Hewlett-Packard tinha 317.500 funcionários no final de outubro.

Mercado de PC

Os envios globais de PC da indústria caíram nos primeiros três meses de 2014, pois os consumidores de mercados emergentes optaram por smartphones e tablets, ao passo que a demanda corporativa ajudou a reduzir o ritmo do declínio.

Os envios trimestrais caíram 4,4 por cento para 73,4 milhões de unidades, disse a IDC. A participação no mercado da Hewlett-Packard subiu para 16 por cento, tornando-a a segunda maior vendedora depois do Lenovo Group Ltd., disse no mês passado a Gartner Inc.

No segundo trimestre, a receita da unidade de sistemas pessoais, que inclui PC, cresceu 7,4 por cento para US$ 8,18 bilhões, impulsionada pelas vendas de computadores para empresas. As vendas da divisão de impressões caíram 4,3 por cento para US$ 5,83 bilhões.

Uma das empresas mais antigas do Vale do Silício, a linha de produtos da fabricante abrange de PC e impressoras domésticas até servidores, equipamento de redes e software usados por corporações.

A Hewlett-Packard ficou atrás na informática de dispositivos móveis em uma época em que os consumidores têm migrado para smartphones e tablets fabricados pela Apple Inc. e pela Samsung Electronics.

A unidade de informática empresarial da Hewlett Packard, que inclui servidores, teve vendas por US$ 6,66 bilhões. Dentro dessa divisão, a receita gerada por servidores com base em tecnologia da Intel, aumentou 0,8 por cento. As vendas com armazenamento recuaram 5,7 por cento, ao passo que a receita com redes subiu 6,5 por cento.

“Eu não sei se observamos muitas coisas que deem a impressão de que eles realmente podem voltar a crescer”, disse Rob Cihra, analista da Evercore Partners Inc. Ele tem o equivalente a uma recomendação de conservar as ações.

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