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Reestruturação da Petrobras é resposta à crise e desvios

Para Bendine, a reestruturação tem como foco os três pilares da "nova Petrobras": "financiabilidade", plano de negócios e governança


	Para Aldemir Bendine, presidente da Petrobras, a reestruturação tem como foco os três pilares da "nova Petrobras": "financiabilidade", plano de negócios e governança
 (Nacho Doce/Reuters)

Para Aldemir Bendine, presidente da Petrobras, a reestruturação tem como foco os três pilares da "nova Petrobras": "financiabilidade", plano de negócios e governança (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 11h31.

Rio - O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, iniciou na manhã desta quinta-feira, 28, coletiva de imprensa para apresentar o novo modelo de gestão da empresa.

Segundo o executivo, a reestruturação é "relevante para a companhia neste momento" e tem como foco os três pilares da "nova Petrobras": "financiabilidade", plano de negócios e governança.

De acordo com Bendine, o novo desenho da petroleira é uma resposta à crise da indústria decorrente da queda do preço do petróleo e também aos desvios de recursos em esquemas de corrupção, investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A intenção é reduzir custos e aumentar o controle para evitar novos desvios.

"O novo modelo é revolucionário", afirmou Bendine, complementando que a reestruturação "é um passo importante para o presente e para o futuro da companhia".

De acordo com o presidente da Petrobras, a mudança na organização complementa iniciativas de enfrentamento da crise. "A reestruturação é abrangente e de grande complexidade", disse o presidente da estatal.

A mudança na organização administrativa da Petrobras deverá gerar maior valor aos acionistas, a partir da redução de custos e mudanças nos procedimentos de contratação e análise de riscos.

Segundo o gerente de estratégia da empresa, Antônio Eduardo de Castro, as mudanças são um "firme passo da companhia para implementar as diretrizes do plano de negócios da empresa".

Para chegar ao atual modelo, houve consultoria externa para pesquisar modelos de referência no segmento de energia, além de discussões internas em grupos de trabalho para avaliar a transição, que deverá durar até dois meses, sendo concluída em março com a realocação de funcionários e gerências.

"As sinergias possibilitarão a redução de custos e uniformidade de processos, com maior produtividade e competitividade no mercado", explicou Castro em coletiva de imprensa.

"A execução unificada dos projetos eleva a performance de gerenciamento dos projetos, com custos menores e cumprimento dos prazos. Haverá também maior controle e conformidade às normas e procedimentos da companhia", destacou.

Castro ainda detalhou que as futuras contratações e indicações para cargos gerenciais demandarão aprovação do Conselho de Administração, além de análise do cumprimento das normas de conformidade e integridade da empresa.

"As designações e dispensas de gerentes executivos passam pelo conselho. As indicações cabem à diretoria. Os ocupantes terão que passar por análise de integridade e capacidade técnica analisada pelo comitê de remuneração do Conselho", explicou o gerente.

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