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Redecard vê corte de custo para defender fatia de mercado

A companhia quer cortar o custo por operação para entre R$ 0,30 e R$ 0,35 nos próximos dois meses, contra os R$ 0,38 do primeiro trimestre

A Redecard está interessada em comprar participação na STP - Serviços & Tecnologia de Pagamentos SA, dona do Sem Parar e do Via Fácil (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 18h19.

São Paulo - A Redecard SA, segunda maior processadora de cartões de crédito do País em valor de mercado, quer reduzir custos para diminuir preços e defender sua participação no mercado, disse Carlos Zanvettor, diretor executivo de varejo e marketing da empresa.

“A maneira de proteger a nossa participação de mercado é nos tornarmos agressivos”, disse Zanvettor em entrevista dia 16 de novembro em Londres. “Estamos aumentando a eficiência, melhorando a tecnologia e transferindo todos esses ganhos para o preço.”

A companhia quer cortar o custo por operação para entre R$ 0,30 e R$ 0,35 nos próximos dois meses, contra os R$ 0,38 do primeiro trimestre, disse Zanvettor. Em 2012, o custo deve cair ainda mais. A empresa reduziu seu quadro de funcionários em cerca de 350 pessoas entre julho e setembro, disse.

A competição ficou mais acirrada após 2010, quando uma nova legislação para o setor removeu direitos exclusivos para o processamento de certas transações. Redecard e Cielo SA podem perder até 18 por cento do mercado para novas companhias até 2015, segundo relatório do Credit Suisse AG de 21 de junho. Em março a Redecard tinha fatia de 41 por cento no mercado de processadoras, contra 54 por cento da Cielo. Entre os novos concorrentes está o Banco Santander SA.

Novas operações

A Redecard está interessada em comprar participação na STP - Serviços & Tecnologia de Pagamentos SA, dona do Sem Parar e do Via Fácil, disse Zanvettor.


“O setor de automóveis, veículos e transporte é importante para nós conseguirmos crescer ainda mais rápido”, disse Zanvettor. “Por isso estamos avaliando a STP.”

O volume de transações da Redecard deve crescer entre 28 por cento e 30 por cento neste ano, acima dos 23 por cento a 24 por cento da indústria, disse Zanvettor. A companhia, que quer processar os cartões Amex em suas máquinas, ainda não obteve resposta da American Express Co. e do Banco Bradesco SA, com o qual a Amex tem exclusividade.

A Redecard não tem planos para novas demissões e vai reduzir custos em sua rede de fornecedores nos próximos trimestres, disse Zanvettor.

Enquanto isso, a companhia está contratando mais de 150 pessoas nas áreas de serviços ao consumidor e vendas, processo que deve acabar no fim de janeiro, disse o executivo.

A ação da Redecard recuava 3,7 por cento para R$ 29,65 às 15:48. O papel acumula alta de 41 por cento no ano, segundo melhor desempenho entre os 68 membros do Ibovespa, atrás da Cia. Hering, com ganho de 47 por cento. A Cielo também opera em baixa, caindo 3,1 por cento, para R$ 47,33.

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São Paulo - A Redecard SA, segunda maior processadora de cartões de crédito do País em valor de mercado, quer reduzir custos para diminuir preços e defender sua participação no mercado, disse Carlos Zanvettor, diretor executivo de varejo e marketing da empresa.

“A maneira de proteger a nossa participação de mercado é nos tornarmos agressivos”, disse Zanvettor em entrevista dia 16 de novembro em Londres. “Estamos aumentando a eficiência, melhorando a tecnologia e transferindo todos esses ganhos para o preço.”

A companhia quer cortar o custo por operação para entre R$ 0,30 e R$ 0,35 nos próximos dois meses, contra os R$ 0,38 do primeiro trimestre, disse Zanvettor. Em 2012, o custo deve cair ainda mais. A empresa reduziu seu quadro de funcionários em cerca de 350 pessoas entre julho e setembro, disse.

A competição ficou mais acirrada após 2010, quando uma nova legislação para o setor removeu direitos exclusivos para o processamento de certas transações. Redecard e Cielo SA podem perder até 18 por cento do mercado para novas companhias até 2015, segundo relatório do Credit Suisse AG de 21 de junho. Em março a Redecard tinha fatia de 41 por cento no mercado de processadoras, contra 54 por cento da Cielo. Entre os novos concorrentes está o Banco Santander SA.

Novas operações

A Redecard está interessada em comprar participação na STP - Serviços & Tecnologia de Pagamentos SA, dona do Sem Parar e do Via Fácil, disse Zanvettor.


“O setor de automóveis, veículos e transporte é importante para nós conseguirmos crescer ainda mais rápido”, disse Zanvettor. “Por isso estamos avaliando a STP.”

O volume de transações da Redecard deve crescer entre 28 por cento e 30 por cento neste ano, acima dos 23 por cento a 24 por cento da indústria, disse Zanvettor. A companhia, que quer processar os cartões Amex em suas máquinas, ainda não obteve resposta da American Express Co. e do Banco Bradesco SA, com o qual a Amex tem exclusividade.

A Redecard não tem planos para novas demissões e vai reduzir custos em sua rede de fornecedores nos próximos trimestres, disse Zanvettor.

Enquanto isso, a companhia está contratando mais de 150 pessoas nas áreas de serviços ao consumidor e vendas, processo que deve acabar no fim de janeiro, disse o executivo.

A ação da Redecard recuava 3,7 por cento para R$ 29,65 às 15:48. O papel acumula alta de 41 por cento no ano, segundo melhor desempenho entre os 68 membros do Ibovespa, atrás da Cia. Hering, com ganho de 47 por cento. A Cielo também opera em baixa, caindo 3,1 por cento, para R$ 47,33.

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