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Redecard investirá R$ 500 mi para expandir base em 2012

Empresa anunciou na véspera que teve lucro líquido de R$ 457 milhões no quarto trimestre, acima das previsões de analistas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 13h41.

São Paulo - Após um esforço formidável de corte de custos no ano passado, a Redecard planeja mais do que dobrar os investimentos neste ano, visando ganhar eficiência e expandir a base de clientes.

"Fizemos um trabalho preparatório para crescer neste ano", disse nesta quinta-feira a jornalistas o presidente da empresa, Claudio Yamaguti, ao anunciar um plano de investir 500 milhões de reais em 2012.

A Redecard, segunda maior empresa de meios de pagamento do país, anunciou na véspera que teve lucro líquido de 457 milhões de reais no quarto trimestre, acima das previsões de analistas.

O mercado recebia os números com grande entusiasmo. Na Bovespa, a ação da companhia disparava 3,18 por cento, a 32,40 reais, às 11h17. No mesmo instante, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 0,18 por cento.

O resultado do ano foi garantido sobretudo por uma agressiva campanha para ganhar eficiência. A companhia reduziu seu quadro de empregados em quase 30 por cento, e cortou gastos com marketing em 43 por cento, na comparaçõa anual. O custo dos serviços prestados também caiu 10 por cento.

A estratégia também passou pela reorientação da estratégia de mercado, com desativação de terminais de clientes que eram pouco produtivos. Assim, no final de dezembro, a base instalada de equipamentos (POS) era 6,9 por cento menor do que um ano antes.

O movimento se contrapôs ao da sua principal concorrente, a líder Cielo, que intensificou os esforços para ampliação da base no ano passado.

"Alguns clientes nós não renovamos (o contrato); não vamos crescer a qualquer custo", explicou Yamaguti.

No trimestre, a mudança resultou em aumento de 14,1 por cento da receita líquida e de 29,6 por cento do lucro operacional medido pelo Ebtida.

O executivo adiantou que não se deve esperar movimentos de redução de custos no ritmo desenvolvido no final do ano passado, mas que o esforço de expansão agora será mais qualitativo.

"Grande parte dos investimentos para este ano serão usados para compra de terminais que tenham mais aplicativos", afirmou, referindo-se a novos equipamentos com mais funções, inclusive para desenvolver parcerias e campanhas de fidelização.

Para este ano, a expectativa da companhia é que suas taxas de desconto cobradas de estabelecimentos credenciados, líquida dos valores pagos aos emissores dos cartões -as chamados MDRs- fiquem "resilientes", indicando novamente que não pretendem priorizar preços para obtenção e preservação de clientes.


De acordo com o diretor executivo de finanças, Marcelo Kopel, a Redecard deve renovar suas notas promissórias que estão vencendo nos próximos três meses, no valor total de 2 bilhões de reais.

Kopel explicou que desse instrumento deve vir grande parte dos recursos pretendidos para investimentos deste ano, já que a companhia não pretende mudar a política de dividendos.

"Quando entendermos que chegou o tempo, vamos tentar alongar a dívida, talvez com emissão em reais no exterior", disse.

A expectativa da companhia é ter um crescimento de cerca de 20 por cento no ano, que é a estimativa feita em dezembro pela Abecs, entidade que representa o setor.

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São Paulo - Após um esforço formidável de corte de custos no ano passado, a Redecard planeja mais do que dobrar os investimentos neste ano, visando ganhar eficiência e expandir a base de clientes.

"Fizemos um trabalho preparatório para crescer neste ano", disse nesta quinta-feira a jornalistas o presidente da empresa, Claudio Yamaguti, ao anunciar um plano de investir 500 milhões de reais em 2012.

A Redecard, segunda maior empresa de meios de pagamento do país, anunciou na véspera que teve lucro líquido de 457 milhões de reais no quarto trimestre, acima das previsões de analistas.

O mercado recebia os números com grande entusiasmo. Na Bovespa, a ação da companhia disparava 3,18 por cento, a 32,40 reais, às 11h17. No mesmo instante, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 0,18 por cento.

O resultado do ano foi garantido sobretudo por uma agressiva campanha para ganhar eficiência. A companhia reduziu seu quadro de empregados em quase 30 por cento, e cortou gastos com marketing em 43 por cento, na comparaçõa anual. O custo dos serviços prestados também caiu 10 por cento.

A estratégia também passou pela reorientação da estratégia de mercado, com desativação de terminais de clientes que eram pouco produtivos. Assim, no final de dezembro, a base instalada de equipamentos (POS) era 6,9 por cento menor do que um ano antes.

O movimento se contrapôs ao da sua principal concorrente, a líder Cielo, que intensificou os esforços para ampliação da base no ano passado.

"Alguns clientes nós não renovamos (o contrato); não vamos crescer a qualquer custo", explicou Yamaguti.

No trimestre, a mudança resultou em aumento de 14,1 por cento da receita líquida e de 29,6 por cento do lucro operacional medido pelo Ebtida.

O executivo adiantou que não se deve esperar movimentos de redução de custos no ritmo desenvolvido no final do ano passado, mas que o esforço de expansão agora será mais qualitativo.

"Grande parte dos investimentos para este ano serão usados para compra de terminais que tenham mais aplicativos", afirmou, referindo-se a novos equipamentos com mais funções, inclusive para desenvolver parcerias e campanhas de fidelização.

Para este ano, a expectativa da companhia é que suas taxas de desconto cobradas de estabelecimentos credenciados, líquida dos valores pagos aos emissores dos cartões -as chamados MDRs- fiquem "resilientes", indicando novamente que não pretendem priorizar preços para obtenção e preservação de clientes.


De acordo com o diretor executivo de finanças, Marcelo Kopel, a Redecard deve renovar suas notas promissórias que estão vencendo nos próximos três meses, no valor total de 2 bilhões de reais.

Kopel explicou que desse instrumento deve vir grande parte dos recursos pretendidos para investimentos deste ano, já que a companhia não pretende mudar a política de dividendos.

"Quando entendermos que chegou o tempo, vamos tentar alongar a dívida, talvez com emissão em reais no exterior", disse.

A expectativa da companhia é ter um crescimento de cerca de 20 por cento no ano, que é a estimativa feita em dezembro pela Abecs, entidade que representa o setor.

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