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Recorde de ataques terroristas em mina da BHP na Colômbia

Guerrilhas marxistas intensificaram uma ofensiva contra as companhias de mineração que, dizem elas, estão saqueando o país andino


	Mina de carvão: Cerrejón, propriedade conjunta da BHP Billiton, da Anglo American e da Glencore Xstrata, sofreu oito sabotagens de rebeldes no ano passado
 (Glencore via Bloomberg)

Mina de carvão: Cerrejón, propriedade conjunta da BHP Billiton, da Anglo American e da Glencore Xstrata, sofreu oito sabotagens de rebeldes no ano passado (Glencore via Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 21h08.

Bogotá - Os ataques terroristas contra a maior produtora de carvão da Colômbia, a Cerrejón, atingiram um recorde no ano passado quando as guerrilhas marxistas intensificaram uma ofensiva contra as companhias de mineração que, dizem elas, estão saqueando o país andino.

A Cerrejón, propriedade conjunta da BHP Billiton, da Anglo American e da Glencore Xstrata, sofreu oito sabotagens de rebeldes no ano passado e seis em 2012, de acordo com Juan Carlos Restrepo, vice-presidente de assuntos públicos da empresa. Entre eles, o ataque mais destrutivo contra um trem de carvão em três décadas.

“Um dos ataques à estrada de ferro foi o pior da nossa história”, disse ontem Restrepo, em entrevista no seu escritório em Bogotá. “Geralmente eles descarrilam cerca de 11 vagões de carga. Nesse, eles descarrilaram 43”.

As guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as FARC, estão atacando empresas de energia e mineração, com o objetivo de debilitar o que o governo chama de “locomotiva” do crescimento econômico. As FARC e outros grupos rebeldes atacaram oleodutos colombianos 259 vezes no ano passado, um aumento de 72 por cento em relação a 2012 e o número mais elevado em mais de uma década, de acordo com o Ministério da Defesa.

Atualmente, o governo está realizando negociações de paz com as FARC em Havana, em uma tentativa de acabar com uma guerra civil de cinco décadas. Em outubro de 2012, o chefe de negociadores das FARC, conhecido pelo pseudônimo de “Iván Márquez”, descreveu a indústria da mineração como “um demônio de destruição social e ambiental”.

A reparação de um vagão de carga custa US$ 200.000 e durante o tempo em que o trem não pode operar 107.000 toneladas de carvão por dia deixam de ser transportadas, disse a empresa.

As forças de segurança impediram 31 tentativas de ataques contra a infraestrutura da mina Cerrejón em 2013, segundo Restrepo.

A Cerrejón produziu 33 milhões de toneladas de carvão em 2013 e pretende aumentar a produção neste ano, disse Restrepo. O carvão é a maior exportação da Colômbia depois do petróleo.

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