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Record pode terceirizar programação para sair do vermelho

Emissora do bispo bilionário Edir Macedo faturou 3,8 bilhões de reais em 2012, mas o prejuízo pode ter chegado à casa dos 80 milhões de reais


	O complexo de estúdios da Rede Record no Rio de Janeiro custou 500 milhões de reais para a empresa e foi inaugurado em 2005
 (Edu Moraes/Record)

O complexo de estúdios da Rede Record no Rio de Janeiro custou 500 milhões de reais para a empresa e foi inaugurado em 2005 (Edu Moraes/Record)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 16h43.

São Paulo – A demissão recente de cerca de 100 funcionários da Rede Record pode ter sido um sinal do que está por vir. A empresa, que faturou 3,8 bilhões de reais em 2012, tem adotado uma política de restrição de custos.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira, a emissora do bispo bilionário Edir Macedo cogitando a possibilidade de adotar uma conhecida estratégia para reduzir seus altos custos operacionais: a terceirização de conteúdo.

Embora a terceirização seja frequente em empresas com dificuldades na gestão de custos, o professor de administração de empresas da ESPM, Adriano Gomes lembra que há restrições para aplicação da estratégia. “Ninguém deve terceirizar a galinha dos ovos de ouro”, afirma. 

Resta a dúvida se o conteúdo de entretenimento é a principal fonte de receitas da empresa. O mercado estima que empresa receba aproximadamente 500 milhões de reais anuais da Igreja Universal do Reino de Deus – fundada também por Edir Macedo - por seu horário na programação do canal. 

“A grade de horários de uma emissora é o principal produto de quem vende espaço para anunciantes”, diz Gomes. “Terceirizar o negócio principal da empresa beira o amadorismo.”

Contexto

Mesmo no ano passado, quando a economia andava aquecida, a empresa teria fechado o balanço com nada menos de 80 milhões de reais em prejuízo, segundo a Folha. 

Executivos da empresa teriam informado ao jornal que está difícil conquistar anunciantes no mercado tendo em vista o largo interesse na Copa de 2014 e os incentivos do governo à produção independente.

Contatada pela reportagem de EXAME.com, a empresa não se pronunciou a respeito do assunto.

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